Desde março, uma funcionária da empresa Alternativa Terceirização, organização contratada pela Prodesp, que gerencia o programa Poupatempo, permanece sem pagamento de salário e benefícios, de acordo com relato da mesma. Por conta da suspensão dos atendimentos presenciais, a colaboradora foi demitida e diz não ter recebido os valores pendentes, nem mesmo a multa de rescisão. Por irregularidades e descumprimentos trabalhistas, Prodesp rescindiu o contrato com a empresa e passou a pagar as pendencias aos trabalhadores.
A auxiliar administrativa do Poupatempo de São Bernardo, que prefere não ser identificada, explica que já está desacreditada de que vai receber os valores atrasados depois de dois meses. “Até agora não conseguimos receber nossos direitos, está complicado, já estou há muito tempo esperando”, conta. Além disso, a atendente também aponta problemas com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “A empresa Alternativa não recolhe o FGTS desde novembro de 2019”, diz.
Desamparada, a colaboradora afirma que a mesma coisa aconteceu em 2011, com outra empresa terceirizada pelo Poupatempo. “O que me revolta é que por estarmos em quarentena, não temos como fazer a paralisação do trabalho. Quando ocorreu da primeira vez nós fizemos”, conta.
Questionado, o Poupatempo esclareceu: “Para que os funcionários da Alternativa Terceirizados não fossem prejudicados pela falta de pagamento por parte da empresa, que teve seu contrato rescindido por irregularidades e descumprimentos trabalhistas, a Prodesp obteve autorização da Justiça do Trabalho para efetuar depósitos em contas individuais, referentes às pendencias remanescentes.
A decisão judicial determinou que a empresa apresentasse à Companhia a relação de funcionários com valores individuais a serem pagos e os dados bancários para o depósito.
Antes mesmo do encerramento do prazo legal, os valores foram repassados aos colaboradores que tiveram as contas-correntes informadas pela Alternativa. No entanto, por inconsistências de dados na lista apresentada, alguns colaboradores não puderem receber os pagamentos. A fim de assegurar o direito a esses colaboradores, a Prodesp depositou os valores em juízo. Caberá à Justiça o repasse aos funcionários”.