O prejuízo dos postos de combustíveis em meio a pandemia do novo coronavírus segue sem uma perspectiva de retorno e com dificuldades para manter os investimentos. Em entrevista ao RDtv, nesta terça-feira (16), o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR), Wagner de Souza, relatou os problemas na busca de créditos para a manutenção dos empregos e das unidades na região.
A principal reclamação está na busca de créditos junto ao Banco Central. Além dos juros de 3% ao ano, outra dificuldade está na busca de garantias. A princípio que tem que garantir algo para o Banco Central são os bancos privados. Porém, os empresários precisam também dar uma garantia para estes bancos, pois os financiamentos são todos a curto prazo.
“Fica muito complicado de conseguir isso. O Governo Federal deveria ter aberto este tipo de crédito para pagamento em médio e longo prazo”, comentou Wagner que relatou que não houve participação direta do Governo do Estado sobre ajudas financeiras. Entre as prefeituras da região, a única ajuda relatada foi de Santo André com a suspensão do pagamento do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), porém os valores devem ser pagos ainda neste ano, pois devido a lei eleitoral os municípios não podem fazer renúncia fiscal.
Enquanto isso os postos de combustíveis seguem lutando para manter os seus serviços. Segundo o presidente do Regram atualmente o volume de trabalho é varia entre 40% e 50%. Ainda não há um estudo que fale sobre o tamanho do prejuízo, mas no início da pandemia se estimava que o cenário poderia se manter por cerca de 45 dias.
Wagner relata que a Medida Provisória 936 que estipulou a redução da jornada de trabalho com a redução de salário chegou a ajudar por algum tempo, mas que atualmente com a flexibilização da quarentena os postos voltaram a trabalhar normalmente, mesmo sem o volume de clientes.
A expectativa é para a data de retorno de alguns comércios e serviços que podem gerar um aumento na clientela como escolas, bares e restaurantes, além de uma maior flexibilização dos shoppings centers e a permissão de retorno das atividades religiosas.