Mesmo sem a responsabilidade de organização, o SindSaúde ABC (Sindicato dos Funcionários da Saúde) resolveu oficializar apoio à manifestação do próximo dia 26, em frente à Prefeitura de Mauá, contra a demissão de dois médicos do Samu após críticas ao sistema de saúde local. Em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (14/7), o presidente da entidade sindical, Almir Rogério, o Mizito, relatou uma série de problemas que foram denunciados na cidade e reclamou sobre a falta de uma maior testagem nos profissionais da linha de frente no combate ao covid-19.
O sindicalista alega que existem uma série de problemas de infraestrutura e condições de trabalho para os servidores da Saúde em Mauá, além da falta de entendimento com o poder público. “O prefeito Atila (Jacomussi, PSB) poderia ter um maior diálogo com os trabalhadores, mas isso não existe por lá. Ao invés de articular, resolve demitir. Essa manifestação é organizada pelos amigos dos demitidos e conta com o nosso apoio. Todos os funcionários deveriam participar desse ato’, disse Mizito.
Outra reclamação sobre a gestão mauaense é sobre o contrato com a Fundação do ABC. Por parte do Sindicato ainda existe uma série de dúvidas sobre a assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Prefeitura e a validação de acordos, principalmente em relação aos funcionários demitidos nos últimos anos devido a incerteza política na cidade.
Testagem
Mizito também relata que em toda a região, tanto na rede pública quanto na rede privada, existem reclamações sobre a falta de testagem nos profissionais da saúde do ABC que estão no combate do novo coronavírus. A principal indagação está na falta de testes após o retorno daqueles que foram acometidos pela doença.
“A pessoa volta da quarentena e não sabe se está com os anticorpos ou não. Infelizmente a testagem não é a ideal para ninguém, nem mesmo para os profissionais da linha de frente”, explicou o sindicalista que ao ser questionado sobre os motivos para a falta de testes afirma que os relatos são sobre os protocolos das empresas que só estão testando aqueles que estão com alguns sintomas, o que preocupa a entidade na região, pois, os assintomáticos (sem sintomas) não passam por testes.