ABC - quinta-feira , 2 de maio de 2024

Posse no Sindicato dos Metalúrgicos vira ato em defesa do emprego

Wagnão foi reeleito e a posse foi oficializada em ato transmitido pela internet. (Foto: Reprodução)

A posse para o segundo mandato de Wagner Santana, o Wagnão, como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ocorrida no sábado (18/07) de forma online, se transformou em ato político de cobrança pela recuperação econômica. Participaram do ato o ex-presidente Lula, o senador Humberto Costa (PT), o cantor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, o ex-ministro e ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), agora pré-candidato ao Paço novamente, e o ex-prefeito da Capital e candidato derrotado à presidência da República em 2018, Fernando Haddad (PT), além de outros políticos e líderes sindicais.

Wagnão discursou sobre a importância do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para a região e para o país e falou do desafio de buscar a garantia dos empregos e a manutenção dos salários do trabalhador. “Estamos há algum tempo em crise econômica, que começou em 2008 e chegou a 2012. Em 2013 começaram os movimentos populares que culminaram com o golpe que derrubou a Dilma (Rousseff). O desafio agora é a manutenção dos empregos e a qualidade do emprego e a garantia da renda. Nossa região é importante, mas não podemos aceitar essa situação de que o Sudeste decresceu 23% no valor agregado do que foi produzido e precisamos recuperar o potencial econômico que o ABC tem”, sustenta o sindicalista.

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O pré-candidato a prefeito, Luiz Marinho, falou das eleições e as relacionou com a necessidade de recuperação econômica. “Creio que muito passará pela eleição deste ano. Não há que se falar de recuperação do emprego no governo Bolsonaro. Temos que, sob a liderança do presidente Lula,  falar de políticas para a criança, para a mulher, para os negros, para os indígenas, para a recuperação da economia e do emprego, para a retomada do Minha Casa Minha Vida, para gerar melhores condições para o povo. Saberemos fazer essa passagem”, disse o petista.

Lula participou da posse e fez discurso político contra o governo Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Lula falou da importância do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC ao qual atribuiu o “primeiro aprendizado de política” de sua vida. Depois seguiu o discurso político e atacou a condução da economia pelo governo de Jair Bolsonaro. “O presidente age com total irresponsabilidade, se tivesse algum sentimento, se respeitasse os médicos e os cientistas certamente teríamos salvo metade dos que já morreram do coronavírus. Não evitaríamos o vírus, mas evitaríamos o contágio. O dinheiro para o empreendedor tocar seu comércio ou sua fábrica deveria ter chegado imediatamente, mas deixaram para depois e agora estamos colhendo o genocídio”, criticou.

Lula também disse que se o governo tivesse produzido dinheiro novo para garantir as condições para que o trabalhador ficasse em casa os números da covid-19 não estariam no patamar de hoje. “Entre maio e junho, em apenas dois meses, foram 2,6 milhões de desempregados. Neste cenário Wagnão você assume o sindicato num dos piores momentos da história do país. Precisamos saber como será a economia do país depois do coronavírus. Nossa tarefa será mostrar que existe outra forma de governar o país”, concluiu.

 

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