Em decorrência da pandemia do novo coronavírus o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) resolveu alterar o formato de seu próprio vestibular que será realizado de maneira on-line. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (20), o reitor José Carlos de Souza Jr. relatou sobre as mudanças causadas pelo covid-19 e a retomada gradual dos alunos nos próximos dias.
Segundo José Carlos, ainda existe uma dúvida sobre o próximo vestibular se os futuros alunos farão a prova de suas casas ou se podem usar as dependências do Instituto para realizar a prova, e neste caso usando os computadores da Universidade. A decisão ocorrerá nas próximas semanas. Outro ponto já definido que as visitas presenciais agora serão feitas pela internet com os professores apresentando em tempo real todas das dependências e tirando dúvidas sobre os cursos.
Enquanto o vestibular não acontece, o IMT inicia a retomada gradual dos alunos em suas dependências. Nesta semana será permitido o acesso dos estudantes que estão realizando os seus trabalhos de conclusão de curso (TCC). Para isso haverá o agendamento de horários e os protocolos de distanciamento nos laboratórios.
A partir do dia 10 de agosto, 35% dos estudantes também vão conseguir acessar o campus para a retomada das aulas práticas presenciais, porém, sem a obrigação deste retorno. “Temos que pensar que cada um tem a sua particularidade. Alguns utilizam transporte público, por exemplo, apesar da maioria usar seus próprios carros. Então temos que dar essa oportunidade para todos. Quem se sentir bem para o retorno terá essa oportunidade”, explicou o reitor.
Questionado sobre o aumento da inadimplência das mensalidades devido à crise econômica causada pela pandemia, José Carlos alertou que houve uma maior utilização do Fundo existente no Instituto para ajudar os alunos com problemas financeiros. Existe um financiamento de metade do valor pago mensalmente e a possibilidade do pagamento desta parcela financiada em até cinco anos após o fim do curso, sem juros.
Também não houve qualquer demissão ou mesmo redução de salários e jornadas dos funcionários que estão trabalhando em suas casas. O que foi possível notar, segundo o reitor, foi uma mudança em relação aos próprios estudantes.
“Tem alunos que se dava bem na aula presencial e agora tem dificuldade, e outros que estão bem na aula on-line e não se davam tão bem presencialmente. Vamos ter que começar a pensar nessa personalização daqui para frente e entender melhor esse aluno”, completou.