Um assessor e uma ex-assessora do deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL) foram convidados para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Fake News, na Assembleia Legislativa (Alesp). O presidente da comissão, Caio França (PSB), em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (21), relatou sobre os trabalhos investigativos que visam entender o esquema de propagação de notícias falsas pelas redes sociais durante a eleição de 2018.
A pedido do deputado Paulo Fiorilo (PT), o secretário especial do gabinete de Nishikawa, Jonathan Willian Benetti, e a ex-assistente parlamentar, Carla Abdo Leite do Amaral Calvo, serão convidados a depor na CPI. Segundo França, Fiorilo quer entender sobre as suspeitas de divulgação de informações falsas em perfis nas redes sociais que foram apagados nos últimos dias após investigações realizadas pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal,
Como o próprio nome diz, ambos não têm obrigação de participar das oitivas, isso só ocorre caso haja um pedido de convocação, pois a comissão tem poder de polícia neste assunto. Além deles, foram convidados o assessor do deputado estadual Douglas Garcia (sem partido), Edson Pires Salomão, e a ex-candidata a presidente Marina Silva (Rede Sustentabilidade). Todos ainda receberão os pedidos.
Segundo Caio França, a primeira ideia da CPI é tentar contextualizar o termo Fake News para que não haja confusões que possam dar razão para aqueles que acreditam que exista uma perseguição política por opiniões. A ideia é chamar os mais diversos especialistas na primeira fase. Na sequência serão ouvidos os representantes das empresas responsáveis pelos mais diversos aplicativos de redes sociais, e na terceira fase as agências de marketing responsáveis por campanhas eleitorais na eleição geral de 2018. Por fim alguns políticos, inclusive com a possibilidade de chamar Douglas Garcia e Gil Diniz (sem partido), recentemente expulsos do PSL e que foram citados em investigações da Polícia Federal.
“Essa CPI foi um pedido do PSDB e tem relação direta com a eleição de 2018. Se por um acaso existir uma relação destes deputados com as notícias falsas divulgadas em 2018 vamos convocá-los. Temos que tomar cuidado para não extrapolar o objetivo da CPI”, disse o presidente da comissão.
Além do entendimento sobre o esquema de divulgação destas informações falsas, Caio França espera que a CPI paulista possa auxiliar a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre o mesmo assunto no Congresso Nacional, e que possa ter por consequência a formação de uma legislação para este combate, algo diferente do que foi aprovado no Senado e que não do agrado do socialista.
Eleições 2020
Sobre as eleições municipais, Caio afirmou que o PSB se prepara tanto para as novidades causadas pela pandemia do novo coronavírus quanto para associar as futuras campanhas de seu partido no ABC com a de seu pai, o ex-governador Márcio França que tentará o comando da Prefeitura de São Paulo.
Até o momento os socialista participam de seis pré-candidatos envolvendo as Prefeituras: Ailton Lima (Santo André); Leandro Altrão (São Bernardo); Marcos Michels (Diadema); Atila Jacomussi (Mauá); Akira Auriani (Rio Grande da Serra); e Amigão D’Orto, em Ribeirão Pires, como vice na pré-chapa com Clovis Volpi (PL).
Em São Caetano, as conversas migram para uma possível aliança com Fabio Palacio (PSD), mas ainda não há um consenso, pois, o diretório municipal acabou desmantelado após a saída de Edison Parra (Podemos).