Trabalhadores cobram pagamento de rescisões da Chocolate Pan

Ex-funcionários realizaram protesto em frente a fábrica de chocolates Pan em São Caetano. (Foto: Reprodução Viva ABC)

Um grupo de aproximadamente 20 pessoas realizou um protesto em frente a Chocolate Pan, na sete da empresa que fica na rua Maranhão, no bairro Santa Paula em São Caetano. Munido de faixas com frases como “Queremos nossos Direitos”, o grupo pretendia pressionar a empresa a pagar as rescisões trabalhistas. A empresa não recebeu os ex-trabalhadores e informou que não comentaria situação que está em litígio na justiça.

A maioria dos manifestantes tem mais de 10 anos de empresa e foi mandada embora no final do ano passado. É o caso de Francisco Moura, de 52 anos, 22 deles trabalhados na empresa. “Não recebi nenhum centavo, nem a rescisão, nem três férias vencidas nem o PLR (Participação nos Lucros e Resultados)”, disse o desempregado que foi dispensado da empresa em 14 de novembro de 2019.

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A Chocolate Pan é uma empresa tradicional no mercado de alimentos e também no ABC. A empresa foi fundada em 1935, mas hoje não é mais controlada pela mesma família que a fundou há 85 anos. Em nota a companhia admite que passa por dificuldades financeiras, mas não quis comentar a questão trabalhista. “A Chocolate Pan vem tornar pública a presente nota, atravessamos um período de reestruturação, onde dificuldades operacionais são encontradas, neste momento potencializadas com o atual cenário da pandemia causado pela covid-19. Mesmo diante deste quadro, estamos buscando alternativas para solucionar a situação. Esclarecemos, ainda, que os ex-colaboradores que participaram do manifesto estão em litígio com a companhia desta forma não comentaremos casos sub judice”, sustentou a empresa.

Segundo o Stilasp (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo), a situação da Chocolate Pan é delicada já há algum tempo. “O atual dono da Empresa Chocolates Pan, quando questionado sobre a indignação dos trabalhadores demitidos sem recebimentos dos seus direitos, simplesmente alegou que a questão está sob judice e que não tinha nada a falar, em total aversão aos direitos dos trabalhadores. A empresa se esquece de que aqueles trabalhadores estão simplesmente cobrando o que lhe pertence, uma vez que a empresa suspendeu os pagamentos dos acordos celebrados judicialmente com os ex-trabalhadores”, aponta o  departamento jurídico do sindicato em nota enviada ao RD.

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