“Ufa”, essa foi a expressão do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), durante entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (5/8), para resumir o que acredita ser uma queda no número de casos de covid-19 na cidade e que culminaram com a descentralização do hospital de campanha construído no Paço. O socialista também comentou sobre o cenário político e as últimas polêmicas após o proteste de donos de escolas particulares.
Com as mudanças os casos que eram atendidos no hospital de campanha passam a ser recebidos quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade que contam com quatro unidades de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com respiradores. Existe também a projeção de inclusão de novos leitos no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini que terá 50 leitos de UTI e outros 70 de retaguarda.
“Nas duas últimas semanas demos aquele ‘ufa’. Foram meses de muito trabalho, de dedicação de todos da área da Saúde, funcionários, a cidade que se organizou, a cidade que colaborou na luta contra o covid-19”, relatou o chefe do Executivo.
Outra medida que será adotada pela Prefeitura de Mauá é a testagem para alguns setores da economia que tem maior contato com os seus clientes como atendentes, comerciantes, entregadores e motoristas de ônibus. A ideia é testar entre 20 mil e 25 mil pessoas nas próximas semanas devido a abertura maior da economia nas últimas semanas.
Escolas particulares
Enquanto a Prefeitura de Mauá garante que terá o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino e aguarda a decisão do Estado sobre a rede estadual, as escolas particulares protestam querendo algum tipo de ajuda econômica após a queda de receita que ocorreu nos últimos meses com as medidas protetivas de isolamento social.
Atila afirma que entende o problema, mas que não pode fazer nada neste momento. “Todos sabem que a Prefeitura não pode fazer qualquer tipo de repasse e nem o Governo do Estado. A solução seria o Governo Federal falar algo sobre esse assunto e ajudar, pois, realmente a situação é ruim para todos.”, explicou.
Sobre o protesto que ocorreu em frente ao Paço na última terça-feira (4/8), o prefeito mauaense considera que tal situação foi orquestrada por agentes políticos da oposição que supostamente “tentam criar um debate político das escolas particulares, dos pais com a Prefeitura”.
Política
No próximo dia 20, o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) vai analisar o pedido do Ministério Público Federal para que Atila Jacomussi vire réu por ocultação de bens e lavagem de dinheiro após apuração da Operação Prato Feito, deflagrada em maio de 2018, e que causou a primeira prisão do prefeito.
O socialista se considera “tranquilo” com a situação e reforça a tese de sua defesa de que até o momento não houve qualquer relação sua com esquema de desvio de verbas da merenda escolar, pois, na cidade os alimentos distribuídos para os alunos são de produção própria. O mesmo sentimento foi relatado ao ser questionado sobre o 13º pedido de impeachment que foi negado pela Câmara nesta semana.
Sobre as eleições, Atila nega que fará campanha 100% virtual e que pretende, com todos os cuidados, visitar todos os bairros quando for permitido. Sobre o vice, pretende evitar o que considera como “erro” que foi a escolha de Alaíde Damo (MDB) para o cargo.