Vitória Maria Aparecida da Silva, de 18 anos, foi atropelada no início da tarde deste sábado (08/08) em frente à Santa Casa de Mauá e aguardou, caída no asfalto, quase meia hora pelo socorro que só veio pelo Corpo de Bombeiros. Ela foi medicada em hospital do seu convênio e o pai da vítima José Sandro da Silva, conhecido como Leo do Dog porque tem uma lanchonete dentro do hospital, disse que o atendimento a sua filha foi negado.
Passava um pouco do meio-dia quando o acidente aconteceu. A jovem atravessava a via na faixa de pedestres aproveitando que um ônibus estava parado no ponto. Quando ela estava no meio da travessia acabou atingida de raspão por uma motocicleta e caiu. O motociclista parou e prestou socorro. “Nosso reflexo foi ir na Santa Casa pedimos por socorro, mas eles se esconderam, não quiseram nos atender, se esconderam nas salas”, disse o pai que entrou em desespero. “Trabalho lá há 25 anos, minha filha trabalha comigo, todo mundo conhece a gente lá, mas ninguém quis socorrer minha filha”, indignou-se.
Segundo o pai, depois de mais de 25 minutos o resgate do Corpo de Bombeiros chegou e socorreu a jovem que foi imobilizada e levada para hospital da Santa Helena, onde foi medicada. Segundo Leo nada de mais grave aconteceu. “Ela fez exames, não quebrou nada e na cabeça também. Tá tudo bem e ela já está em casa. Mas se tivesse acontecido alguma coisa por causa da demora eu processava a Santa Casa”, disse.
Em nota a superintendência da Santa Casa informou que em casos de acidentes e atropelamentos o procedimento é aguardar o Samu ou os Bombeiros. A nota também diz que o socorro não demorou tanto quando a família informou. “Por determinação do Ministério da Saúde, que dá atribuições aos órgãos de socorro e emergência, o atendimento em via pública é de responsabilidade do Samu ou Bombeiros. Não houve nenhum tipo de negligência por parte do hospital e o Samu chegou ao local em 5 minutos e rapidamente procedeu os primeiros socorros e efetuou a transferência para a instituição credenciada pelo plano de saúde da vítima”, justificou a superintendência da Santa Casa de Mauá.