Apoiador de primeira hora da atual gestão em Diadema, o vereador e pré-candidato a prefeito Marcos Michels (PSB) não conta com o apoio do atual mandatário da cidade e seu primo, Lauro Michels (PV), mas afirmou nesta terça-feira (18/08), em entrevista ao RDtv que não pretende “esconder” seu histórico de ninguém, algo que considera que ocorrerá com seus futuros adversários no pleito municipal.
Ex-secretário de Educação no primeiro mandato do verde (2013-2016) e presidente da Câmara entre 2017 e 2018, Marcos acabou perdendo o apoio de Lauro para o atual líder do Legislativo, Pretinho do Água Santa, e a pré-candidata a vice, Regina Gonçalves (PV), mesmo assim considera que tem argumentos para defender o legado da atual gestão e explicar o que não foi feito apesar das promessas.
Até mesmo uma possível rejeição do sobrenome não é considerada como obstáculo. “Eu vou ter muita tranquilidade nesse sentido, não vou fugir do meu sobrenome e não vou, como alguns que tenho certeza de que vão esconder os seus padrinhos políticos. De alguma forma estou bem amparado pelos meus padrinhos políticos”, afirmou sem dizer diretamente de quem se referia como aqueles que esconderam os seus apoiadores “em casa” ou “mandando viajar durante a campanha”.
Marcos não esconde sua estratégia de se apoiar na candidatura de Márcio França (PSB) na Capital e no próprio histórico do PSB em Diadema com a vitória de Gilson Menezes (morto em 2019) nas eleições de 1996. Além disso, o vereador conta com o apoio irrestrito do deputado federal Alex Manente (Cidadania) apesar de ainda não ter uma garantia do apoio formal da legenda na futura campanha.
Divisão
A história sobre a divisão da base governista em Diadema começa nas eleições de 2018. Pré-candidato a deputado estadual, Marcos Michels abdicou da participação no pleito para não dividir votos com o então vice-prefeito Márcio da Farmácia (Podemos) que conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa.
Na sequência, Márcio resolveu rejeitar os pedidos de Lauro e seus apoiadores para que tentasse a sucessão no município, o que a princípio abriria a vaga para Marcos. Porém, o apoio do governo acabou migrando para Pretinho do Água Santa e Regina Gonçalves, o que na opinião de Alex Manente ao RDtv da última segunda-feira (17/08) pode aumentar as possibilidades de vitória do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT).
“Eu fico chateado, pois, poderíamos ter uma força, ter uma grande chance. Nós teríamos uma posição melhor nesse momento, eu acredito nesse sentido. Não é menosprezando ninguém do governo, mas eu acredito que tenhamos um pouco mais de preparo ou de conhecimento nesse momento para defender aquilo que o governo fez”, completou.
Marcos Michels ainda tenta fechar o seu arco de alianças com outras três legendas e até pelas negociações ainda aguarda mais alguns dias para definir que será seu futuro ou futura vice.