Partidos entram na reta final para definir candidaturas para eleições

ABC terá mais de 2 milhões de eleitores (Foto: divulgação)

No próximo dia 31 de agosto começa o período para as convenções eleitorais (que terminam no dia 16 de setembro). Mesmo assim as negociações entre os partidos e dentro das legendas já estão em reta final. A princípio, a região conta com um número de pré-candidatos superior à quantidade de candidatos de 2016 (eram 50). Os partidos também avaliam as estratégias necessárias com as novas regras para a futura campanha deste ano.

Internamente, o principal xadrez do momento é o entendimento de como fortalecer as futuras chapas de vereadores sem a formação de coligações. Cada partido terá de formar sua lista própria de candidatos à vereança. Dois caminhos foram traçados até o momento. O primeiro é do grupo que acredita que partido deva ter um candidato a prefeito ou prefeita que possa alavancar a imagem da legenda. A segunda estratégia é tentar se apoiar em um nome conhecido, mas sem a formação se “super chapas”.

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Outro ponto ainda a ser colocado é a estratégia de junção com a eleição da Capital, pois a região não conta com uma emissora de TV própria que possa exibir a campanha eleitoral das sete cidades, cenário parecido com a chamada “onda azul” de 2016, que fez com que vitória de João Doria (PSDB) reverberasse no ABC.

Santo André

A disputa pelo comando do Paço de Santo André ainda conta com um número indefinido de pré-candidatos. A principal interrogação está no Avante. A legenda, a princípio, lançaria o nome do empresário Eric Eloi, porém nas últimas semanas rusgas internas fizeram com que o partido retirasse o nome de Eloi, encaminhando a possibilidade de se alinhar com a tentativa de reeleição de Paulo Serra (PSDB).

Enquanto isso, outros oito nomes da oposição apenas aguardam as convenções para a confirmação de seus nomes. Da Câmara surgem dois pré-candidatos: Bete Siraque (PT) e Sargento Lobo (Patriota). Outros três tentam trazer consigo o histórico de gestões anteriores. Ailton Lima (PSB) tem como pré-candidato a vice o ex-prefeito Aidan Ravin (Republicanos).

Após divergências no PT, João Avamileno (SD) deixou a “aposentadoria” para tentar retornar ao Paço e concorrerá também com outro histórico de seu antigo grupo, pois Bruno Daniel (Psol), irmão do falecido ex-prefeito Celso Daniel, também estará nas urnas. Outros três nomes também foram colocados: Wagner Grillo (MDB), que substituiu Everson Dotto; Alex Arrais (PTC); e Karl Steinhauser (PMN).

São Bernardo

Sem o nome do deputado federal Alex Manente (Cidadania), São Bernardo ainda conta com uma das menores listas da região. Orlando Morando (PSDB) tenta a reeleição. Luiz Marinho (PT) busca o terceiro mandato. Para evitar uma polarização outros dois nomes tentam entrar na disputa. O vereador Rafael Demarchi (PSL) quer convencer o eleitor bolsonarista e Leandro Altrão (PSB) busca aqueles que votaram em Márcio França (PSB), em 2018. Ainda em busca de definição, o Psol não garantiu  se será por uma futura candidatura ou por apoio a outro nome.

São Caetano

A disputa pré-eleitoral em São Caetano está dividida em dois cenários. O primeiro é o governista, José Auricchio Júnior (PSDB), que tentará ser o primeiro a conquistar quatro mandatos na cidade, mas também quer decidir quem será o seu vice. PSDB, Cidadania, Podemos e PL tentam emplacar os principais nomes.

O segundo plano é o que envolve a oposição. Fabio Palacio (PSD) tenta o comando do Palácio da Cerâmica pela segunda vez. Thiago Tortorello (PRTB) busca a retomada da tradicional família no Executivo. Eduardo Casonato (Rede), João Moraes (PT) e Horácio Neto (Psol) entram no desafio para dar a primeira vitória à esquerda no município. E Mario Bohm (Novo) busca o eleitor que votou em João Amoêdo para presidente há dois anos.

Diadema

Lauro Michels (PV) deixará o comando do Paço e assiste uma ferrenha disputa pela sucessão. Da mesma forma que Auricchio, José de Filippi Júnior (PT) busca o quarto mandato e a retomada do PT após oito anos. A atual gestão conta com dois nomes, mas apenas um, no caso Pretinho do Água Santa (DEM), conta com apoio formal. O segundo nome é do vereador Marcos Michels (PSB).

Ainda oriundo da Câmara aparecem os nomes de Ricardo Yoshio (PSDB) e Ronaldo Lacerda (PDT). Outros dois nomes conhecidos na cidade buscam emplacar pré-candidaturas: Denise Ventrici (PRTB) e Gesiel Duarte (Republicanos). Taka Yamauchi (PSD) tenta provar que não foi apenas uma surpresa em 2016 e Jhonny Rich (PSL) quer emplacar o nome junto ao eleitor bolsonarista.

Mauá

O cenário conturbado dos últimos dois anos acabou por criar um cenário aberto em Mauá. Até o momento são 16 nomes na pré-eleição: o atual prefeito Atila Jacomussi (PSB); Amanda Bispo (UP); Donisete Braga (PDT); Doutor Hildon (PTC); Juiz João Veríssimo (PSD); José Roberto Lourencini (PSDB); Luizão da Comunidade (Cidadania); Marcelo Oliveira (PT); Mauro Roman (PRTB); Mestre Del (Psol); Paulo Bio (PV); Professor Betinho (PSL); Ronaldo Pedrosa (Progressistas); Tchello Pierro (DEM); Vanessa Damo (MDB); e Wagner Rubinelli (PTB).

Ribeirão Pires

Até o momento são cinco pré-candidaturas colocadas em Ribeirão Pires. Kiko Teixeira (PSDB) tenta a reeleição e um fato inédito, ser o primeiro gestor da região a ser reeleito em duas cidades diferentes, pois o tucano já foi prefeito de Rio Grande da Serra por dois mandatos. Clovis Volpi (PL) busca retornar ao Paço para o que chama de “último mandato”. Lair Moura (Avante), Marisa das Casas Próprias (SD); e Felipe Magalhães (PT) tentam quebrar a polarização.

Rio Grande da Serra

Como em Diadema, Rio Grande da Serra terá um novo nome no próximo ano, fato que abriu o leque para uma lista extensa (não como em Mauá). Porém, dos 12 nomes existentes, três já abriram mão. Os vereadores Claurício Bento (DEM) e Jhol Jhol (Progressistas) vão apoiar a pré-candidatura governista de Marilza de Oliveira (PSD). E Gilvan Mendonça (PDT) migrou para o apoio a Claudinho da Geladeira (Podemos).

Ramon Velásquez (PT) tenta retornar à Prefeitura, o mesmo cenário de José Teixeira (PSL). Também estão na pré-lista: Clesson Alves (Republicanos); Dayana Franco (MDB); Carlos Duarte (PSDB); Nilton de Paula (PV); e Akira Auriani (PSB).

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