Única cidade da região que nunca foi administrada por um partido do espectro político da esquerda, São Caetano assiste à colocação de três pré-candidaturas deste campo com Rede Solidariedade, Psol e PT. E este último tenta emplacar uma união antes da concretização das chapas, pelo menos é o que defendeu o pré-candidato petista João Moraes em entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (26/08).
“Nós fizemos vários diálogos com várias correntes, principalmente as de esquerda, dialogamos com o Psol, com o pessoal da Rede, o pessoal do PCdoB e tem também os companheiros que estão no campo democrático-popular do campo progressistas. Também fomos procurados por algumas pessoas do MDB, do PMN, mas por enquanto não tem nenhuma construção de imediato. Essa construção pode acontecer em um futuro próximo, então o diálogo continua. O PT sempre defendeu uma composição com os partidos de esquerda e continuamos com esse pensamento”, explicou.
Em nenhum momento Moraes falou sobre a possibilidade de abdicar da sua pré-candidatura para a união de uma chapa de esquerda, mas abre espaço para que haja um nome de outra legenda consigo na disputa pelo comando do Palácio da Cerâmica. Inclusive uma das principais ideias é emplacar o nome de uma mulher como vice.
Ao ser questionado sobre os motivos que o levam para a disputa do cargo de prefeito em São Caetano, Moraes relatou sobre as movimentações que causaram a saída do PT do comando de prefeituras na região em 2016 e a tentativa de uma retomada com o apoio de figuras históricas da legenda como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A minha pré-candidatura vista construir uma alternativa à esquerda aqui em São Caetano. Nós entendemos que existem possibilidades de fazer um diálogo direto com a população, de se fazer uma cidade melhor do que temos hoje. Nós temos um prefeito cassado, uma chapa cassada e nós temos toda uma situação política que nos promove a luta contra esse governo genocida que aí está, governo Bolsonaro, governo que não respeita nem mesmo a liberdade de imprensa e nós percebemos que existe a possibilidade claramente de se fazer um trabalho político, apresentar um programa de governo compatível com a população de São Caetano do Sul”, afirmou.