O pré-candidato a prefeito de Diadema e ex-secretário de Gestão de Pessoas, Gesiel Duarte (Republicanos) disse que houve falta de habilidade política para manter o grupo que elegeu em 2012 o atual prefeito Lauro Michels (PV) e por isso a cidade tem 12 pré-candidaturas colocadas, sendo que cinco são de pessoas que faziam parte do grupo governista. Para o republicano a origem destes candidatos que já foram governo pode significar uma convergência de forças para um eventual segundo turno.
Por enquanto o Republicanos ainda não tem definido o vice, que tanto pode ser do próprio partido como de outra legenda que venha a se aproximar. “Até a convenção, marcada para o dia 10, estamos abertos para aceitar adesão. Se não tiverem partidos interessados vamos de chapa pura. Temos dois nomes para vice, de pessoas influentes na política da cidade. São dois homens”, disse Duarte sem revelar quem são.
Sobre o grande número de pré-candidatos, o representante do Republicanos considera que isso é bom para a cidade. “Tem ex-prefeito e tem novos candidatos e isso é bom para a cidade e para a democracia. Elses poderão mostrar o que cada agremiação tem a oferecer para a população”, analisa Gesiel Duarte que, contudo, considera que o grupo governista, que hoje aposta na candidatura do presidente da Câmara, Revelino Teixeira de Almeida, o Pretinho do Água Santa (DEM) poderia estar mais forte se estivesse unido igual a 2012. “Grupo era forte, pessoas que vivem a política da cidade e eu fiz parte desse grupo. Em 2016 há houve uma ruptura e tivemos candidaturas a prefeito que saíram daquele grupo, depois o cenário piorou e hoje das 12 pré-candidaturas colocadas, cinco são dissidentes do governo. “Faltou liderança do próprio Lauro em conduzir o grupo. Em 2018 tinha um acordo com o Marcos Michles (PSB) e não sei porque não foi cumprido”, avaliou o pré-candidato.
Perguntado se acredita que os pré-candidatos que já foram governo poderiam estar juntos em um eventual segundo turno, Duarte avalia que existe possibilidade. “É muito cedo ainda, mas há afinidades de projetos com algumas pessoas que integraram o governo e outras que não integraram. Segundo turno é nova conversa é outra eleição”.
O pré-candidato republicano deu algumas pinceladas do que pretende defender na futura campanha. “O povo sabe as necessidades da cidade e o que almeja do governante. Não temos nada de investimento na cidade; somos a vigésima primeira economia do estado com arrecadação de R$ 1,6 bi. Pensamos em levar a proposta de que nós vamos investir na cidade, não é só arrecadar. A cidade tem equipamentos, mas muitos não funcionam e a proposta é fazer funcionar. Temos também uma questão mundial de cidades inteligentes e Diadema não pode ficar atrás no tema Smart City”, prega Gesiel Duarte.
Na economia e a previsão de que os efeitos piores da pandemia da covid-19 venham em 2021, Duarte prevê que o futuro gestor terá que tomar medidas drásticas. “Os reflexos da pandemia virão no ano que vem com o fechamento de comércios e indústrias e a redução da arrecadação. Se não fizer a lição de casa nos primeiros seis meses ou um ano não vai conseguir manter a cidade. Existe uma dívida gigante com o instituto de previdência, que atrapalha o financeiro. Próximo prefeito vai ter restos a pagar com fornecedores que estão com pagamentos atrasados há um ano. Servidor leva um ano para receber a rescisão. Temos folha de pagamento, Ipred e fornecedores; não tem como pagar os três, tem que tomar uma série de medidas para manter funcionando da cidade e com qualidade”, finaliza.