Milhares de brasileiros tiveram suas dietas e padrões de alimentação alterados por conta da quarentena do novo coronavírus (covid-19). Muitos, por uma alimentação desbalanceada e sem prática diária de atividades físicas, acabaram desencadeando diabetes, doença que acometeu pelo menos 422 milhões de adultos, conforme afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, o assunto do RDtv desta quarta-feira (9/9) foi voltado a orientar a população em como prevenir a doença e controlar a glicemia no período de isolamento social.
O professor de Educação Física da Universidade São Judas, em São Bernardo, Carlos Alexandre Falconi, destaca que para manter a saúde em dia, o primeiro passo é não deixar de fazer atividades físicas, ainda que em um ritmo um pouco mais desacelerado que o comum. “Ainda que estejamos em casa, não podemos esquecer da importância de manter uma rotina de exercícios e movimentos corporais para não desregular o corpo e os hábitos com a saúde”, orienta o doutorando em Imunologia Cardíaca.
Para ajudar ainda mais na questão, ao longo do período, a Universidade São Judas fechou parceria com a Associação Desportiva Classista Mercedes-Benz, em Diadema, e migrou as atividades para o espaço com uso da piscina, do campo, das quadras e das salas de musculação. “Conseguimos um espaço ainda maior, que atendesse a todos os alunos, sem qualquer tipo de dificuldade e de forma totalmente humanizada com tudo que precisávamos”, explica o professor.
A professora na área da saúde e doutora em Odontologia com atuação em atendimento multiprofissional diabético, Elaine Escobar, explica que especialmente na época do novo coronavírus, os pacientes precisam de um cuidado ainda maior com a saúde e, por isso a necessidade maior com os exercícios físicos e acompanhamento profissional. “É essencial não só um educador físico, mas endocrinologista, psicólogo e nutricionista para manter a glicemia em um nível estável”, sugere.
De acordo com a educadora, qualquer tipo de infecção – ainda que em um nível mais leve – pode levar a um aumento considerável da glicemia. “Uma glicemia aumentada leva ao maior risco de levar à complicações do coronavírus e até à morte. Por isso é fundamental a manutenção periódica da glicemia e só é possível se tiver esse olhar multiprofissional”, diz. O olhar odontológico também entra na conta, tendo em vista que as doenças periodontais (advindas da gengiva) podem levar a um aumento da glicemia.
Um dos principais sinais, segundo a odontologista é o aspecto da língua. “Se você sentir que a língua está mais lisa que o normal e que o hálito está diferente, pode ser um sinal que a glicemia está aumentada”, aponta. A partir daí, a orientação é manter alimentação saudável, praticar atividades físicas, evitar álcool e tabaco, evitar o consumo de açúcar e buscar um profissional de saúde. “Mas sempre manter o cuidado com a nutrição e com a odontologia em primeiro lugar, porque a saúde, como dizem, começa pela boca”, afirma.
Elaine, que também é professora da Universidade São Judas, explica que já no início da graduação, os jovens entendem o curso como uma graduação que dependência multidisciplinar, assim como as demais áreas da saúde. “Ensinamos desde cedo que essa troca existe e que essa dependência de uma ou outra habilidade é normal e é extraordinária”, diz. O curso de Odonto forma profissional com formação técnico-científica, humanística e ética e capaz prestar a assistência odontológica em nível individual ou coletivo.