É só escurecer um pouco, quando o céu mostra aquelas nuvens carregadas, que os moradores do Jardim São Judas em Diadema, principalmente os que moram na avenida Paranapanema e avenida Luiz Carlos Prestes, já se preocupam. É que nos últimos anos as chuvas tem trazido transtornos com a invasão das casas pela água que não é absorvida pelo sistema de captação nas ruas.
O comerciante Valdemir Messias Ramos, que mora no na avenida Paranapanema há mais de 30 anos, disse que só parou de ter prejuízos com a perda de móveis e eletrodomésticos após ter alteado o piso do seu comércio e da sua casa. “No passado eu perdi muita mercadoria”, comenta o morador que tem uma distribuidora de água. “Eu consegui levantar o piso da minha casa, foi um investimento, mas muitas pessoas não conseguiram, meus vizinhos não tiveram condição”, disse.
Outro morador Carlos Maciel conta que é só chover com um pouco mais de volume que a rua enche e a água ultrapassa a calçada entrando nas casas. “Já faz tempo que isso está assim, as bocas de lobo são em número insuficiente para dar conta do volume de água”, comentou. No último dia 20 de outubro, uma chuva forte alagou algumas ruas do bairro e os moradores temem que a situação piore com o início do período mais chuvoso entre o fim deste ano e início do próximo.
Em nota a prefeitura minimizou o problema, informando que não foi notificada de enchente no local. “A Prefeitura de Diadema informa que não recebeu notificações de ocorrências de alagamento no endereço indicado e que, em vistoria da Secretaria de Serviços e Obras realizada nesta quarta-feira (18/11), verificou-se que as bocas de lobo do local estavam limpas. Salienta que, em caso de necessidade, os moradores podem entrar em contato diretamente com a Defesa Civil do município no telefone 199.
Diadema possui o ‘Plano de Ação para Enfrentamento e Prevenção às Situações Emergenciais, Causadas por Chuvas Intensas, Deslizamentos de Terra, Encostas, Desmoronamentos e Enchentes’, que estabelece procedimentos a serem adotados na prevenção e na resposta a emergências e desastres no município.
Em casos de calamidade pública, as secretarias de Assistência Social e Cidadania e de Defesa Social (Defesa Civil) apoiam as famílias com auxílios eventuais de caráter temporário, podendo ser colchões, cestas básicas, roupas e demais necessidades identificadas”, informou a administração.