Após mais de 48 horas de sua vitória no segundo turno o prefeito eleito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), ainda segue na sequência de agradecimentos, mas tentando acelerar o processo de transição para conhecer mais sobre a administração do Poder Executivo. Ao RDtv nesta terça-feira (1/12) o petista ressaltou que quer “fazer muito com pouco”, mas não escondeu sua preocupação com a situação financeira da cidade e principalmente com os dados do covid-19.
Oliveira afirmou que nos últimos dias a cidade acabou sem os dados de internações por causa do novo coronavírus. Nesta terça acabou sabendo extraoficialmente que o dado é de 92% de leitos ocupados, o que gerou uma preocupação maior para acelerar a transição e criar um comitê de crise para conseguir criar situações para a redução dos casos e óbitos.
Inclusive este comitê iniciará o trabalho com os dados que serão averiguados pela equipe de transição composta por cinco nomes, entre eles, o ex-vereador Rômulo Fernandes e o ex-vice-prefeito da gestão Donisete Braga, Hélcio Silva.
“Não é preciso montar o secretariado e depois montar o comitê, vamos montar isso de forma antecipada para que a avaliação seja feita. É claro que será intersetorial, mas já temos que tomar essa atitude, pois estamos falando de uma doença traiçoeira. Eu sei bem disso, pois tive covid-19, fiquei sete dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e outros 40 dias de cama”, disse o petista.
A montagem do secretariado ficará para a próxima semana, o que já se sabe é que haverá uma redução do número de pastas. Atualmente são 23 e a expectativa é que chegue a 16 secretários que terão perfil técnico e político. Ao ser questionado sobre a vice-prefeita eleita, Celma Dias (PT), Marcelo afirmou que a experiência dela no setor público será aproveitada.
“Temos que lembrar que ela é uma militante histórica do PT, fundou o partido, teve sua participação na implantação do sistema SUS na cidade. Além disso, como não elegemos nenhuma mulher na Câmara a voz dela será ouvida para que possamos fazer os projetos para as mulheres”, seguiu.
Outro ponto de preocupação de Oliveira é o orçamento aprovado nesta terça-feira e que estima uma arrecadação de R$ 1,2 bilhão, algo criticado pelo ainda vereador que terá um poder de remanejamento orçamentário na casa dos 20%. O futuro chefe do Executivo afirma que precisará de ajuda dos governos Estadual e Federal, e para isso quer que ambos sejam republicanos e que não levem as diferenças partidárias em conta.
Ao ser questionado por munícipes que acompanhavam a entrevista sobre o concurso público aberto durante a pandemia, Marcelo Oliveira respondeu que fará uma avaliação do orçamento, mas considera que a cidade precisará contratar pessoas a partir de concursos, principalmente na Saúde e na Segurança.