O deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL) disse que não pretende tentar a reeleição em 2022. Em entrevista ao RDTv, ele disse que está desapontado com o rumo da política no estado e no país, que não gosta da polarização e radicalização e que seu próprio partido está sem diretrizes claras, desde que o presidente Jair Bolsonaro deixou a sigla.
“O PSL está fragmentado a olhos vistos, a partir de que o nosso presidente saiu do partido, perdeu-se o rumo. Estávamos esperançosos que saísse o partido Aliança Pelo Brasil, o que não aconteceu. Esse ano foi pífio, um ano em que os resultados contrariam aqueles que tivemos em 2018. Todos nós esperávamos ter o PSL dominando o Estado porém o resultado foi pífio”, disse o parlamentar.
Ele disse que o PSL não é mais uma sigla diferenciada que alçou o presidente da república. “O PSL apesar da importância econômica, tornou-se um partido comum. E o presidente está até hoje sem partido. Isso tem muito a ver com 2022, pois todos nós fomos na onda Jair Bolsonaro, isso fez com que fossem eleitos vários policiais militares, somos hoje uma bancada de sete, justamente por ter um presidente militar. Mas essa eleição municipal foi diferente, muitos acreditavam que seria igual a 2018 e não foi”, analisou Nishikawa.
Para o deputado o PSL não consegue estabelecer uma unidade nem na Assembleia Legislativa que conta com 13 deputados. “Dentro dos 13 tem três grupos diferentes, ou seja não tem uma definição. Não que eu queria radicalismo; não gosto da política radical, nem à direita, nem à esquerda. Estamos vendo uma Assembleia em que se radicalizam todos os assuntos, não existe um meio termo e uma política de entendimento e isso não faz o meu perfil”, declara.
Essa falta de entendimento e os radicalismos na política nacional é que fazem com que Nishikawa, considere com bastante ênfase a possibilidade de não tentar a reeleição. “Em princípio, sendo honesto e sincero eu não tenho pretensão de ser candidato novamente”, aponta. Ele não tem definido se irá continuar no partido. “Não saindo candidato ficar ou sair do PSL não faz diferença política. Ainda é uma questão lá para frente, num ano que a gente pode arrumar o partido. Já estou com 71 anos de idade não parei desde quando me aposentei estou pensando em parar definitivamente”, disse o deputado.