Números atualizados do Vacinômetro, ferramenta digital que permite acompanhar em tempo real o número de vacinados contra a Covid-19 no Estado, mostram que pouco mais de 30 mil pessoas já receberam a primeira dose do imunizante Coronavac até esta quinta-feira (21/1). No entanto, para o pediatra e doutor em bioética, Clovis Francisco Constantino, o número ainda é baixo, uma vez que cerca de 70% das pessoas precisarão ser vacinadas para que a imunidade de rebanho seja atingida.
Cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que de fato este número tenha que ser alcançado para que as pessoas voltem a viver com segurança. “Embora a vacinação já tenha iniciado, ainda temos pouca oferta de imunizantes no País, o que nos preocupa, porque não sabemos se a princípio todos vão receber as doses necessárias. Mas é muito importante que, ainda que tenhamos pouca oferta, as pessoas tomem a vacina”, sugere o especialista.
Constantino observou que, direcionar a vacinação para o grupo prioritário amenizará, a curto prazo, os impactos causados pela pandemia da Covid-19 no País. “Acreditamos que a imunização do público-alvo neste primeiro momento resultará em uma diminuição na transmissão de casos e até internação em leitos de UTI nos hospitais públicos e particulares já em um curto período”, enfatiza.
Apesar disso, a sugestão é que logo após o recebimento da primeira dose de aplicação da vacina, a população não deixe os cuidados básicos para trás, como o distanciamento social de no mínimo 1,5 m, uso de máscara e álcool em gel. “Devemos lembrar que assim que a população recebe a primeira dose do imunizante, não significa que já está imunizada. Há um período entre 14 e 21 dias para receber a segunda dose e os cuidados básicos devem permanecer”, lembra.
Imunização
No País, as vacinas pertencentes ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) têm eficácia que variam entre 40% a 98%. De acordo com o pediatra, a Coronavac, com eficácia de 50,38%, é mais do que segura, e ajuda a conter a pandemia. “Nós, como profissionais de saúde, atestamos que a vacina é segura e confiamos que ela pode salvar a população ao reduzir as chances de adoecimento”, afirma.
Com exceção de crianças e gestantes que não estão inclusas no calendário de vacinação, quem tiver dúvida referente a vacinação, o médico sugere: “em caso de dúvidas, o ideal é buscar o médico de confiança, mas afirmo que não há o que temer”, enfatiza.