Em meio à crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), as ocorrências de furto apresentaram queda expressiva no ABC na comparação com 2019. Em dezembro de 2020 foram 1.443 boletins de furtos registrados contra 1.599 no ano retrasado, variação de 9,75% no comparativo segundo as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) apresentadas nesta semana.
A cidade que apresentou a maior queda nos índices foi São Bernardo, com 527 furtos em 2019 contra 403 em dezembro de 2020, recuo de 23,5%. Na sequência aparece São Caetano com 137 casos de furto no ano retrasado contra 78 em dezembro de 2020, variação de 43%. Diadema apresentou variação de 23 casos entre um ano e outro, passando de 262 casos em 2019 para 239 no ano passado.
Em Mauá foram 167 ocorrências no ano retrasado contra 150 em 2020, enquanto em Ribeirão Pires a diferença foi de cinco casos, com 51 casos em 2019 e 46 no ano passado. Já em Rio Grande da Serra, os números passaram de 19 no ano retrasado para 15 em 2020, variação de quatro casos.
Santo André foi a única cidade da região a apresentar alta nesta modalidade, passou de 436 casos em 2019 para 512 em dezembro de 2020, alta de 17,4%.
De acordo com o Tenente Coronel da Polícia Militar, Wilson Ferreira de Castro, comandante interino do CPA/M-6, os números são reflexos do isolamento social da pandemia da Covid-19. “Com as pessoas em casa e o policiamento reforçado, conseguimos controlar ainda mais as estatísticas e os índices de criminalidade”, analisa.
Segundo ele, embora tenham aumentado algumas modalidades de crime em algumas cidades, a exemplo dos casos de homicídio, os roubos e furtos em geral tiveram quedas drásticas nos últimos meses. “Conseguimos abaixar os índices em todas as cidades e continuamos com um trabalho reforçado para diminuir os índices de homicídios também, a exemplo de Santo André e São Bernardo, cidades em que conseguimos elucidar dois casos de homicídio recentemente”, explica o PM em entrevista ao RDtv.
Um dos atuais desafios da corporação, de acordo com Castro, é enfrentar os pancadões, que se tornam cada vez mais frequentes apesar dos altos índices da doença. “Esse é um trabalho constante que não paramos, mas que infelizmente não deixa de ocorrer. O policiamento e as fiscalizações acontecem e de acordo com as reclamações e mapeamentos”, explica. Em caso de denúncias, a Polícia Militar ainda oferece telefone para contato, via 190 ou 181.