A equipe do IPH/USCS (Índice de Poluentes Hídricos da Universidade Municipal de São Caetano do Sul), em conjunto com representantes do Projeto Observando os Rios, da Fundação SOS Mata Atlântica, se uniu a outros profissionais como biólogos, geógrafos, pesquisadores, educadores sociais, chef de cozinha, artistas, ambientalistas e jovens comunicadores, para lançar a expedição “O Rio Tietê e suas transversalidades”. A coleta de amostras em vários pontos do curso do rio começou segunda-feira (25/01) e terminou quarta-feira (27/01).
O objetivo principal da expedição é o de sensibilizar e conscientizar a respeito da importância da preservação da vida dos rios, abordando as mais diversas facetas dessa temática. A expedição começou a coleta no ponto em que o rio Pinheiros deságua no Tietê, no complexo viário conhecido como Cebolão, e seguiu rumo à nascente do rio. Foram 11 pontos de parada, sendo coletadas amostras de água em cada um dos pontos (respeitando a metodologia descrita no Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras de Água da Cetesb, além de realizar a observação da situação ambiental e, se possível, uma conversa com a comunidade local, ou mesmo pessoas que utilizam de alguma forma o rio.
“Essa expedição tem um olhar de sensibilidade temos artistas, poetas, cantores, pesquisadores, educadores sociais, jovens da comunicação e o objetivo é que a pessoa tenha um novo olhar sobre os rios, que seja muito mais de sensibilidade para que possamos mudar a visão das pessoas para com o Tietê. Por isso o nome Voz dos Rios, queremos fazer com que o rio Tietê falasse para as pessoas o que ele está sentindo”, disse a ambientalista, bióloga e professora da USCS, Marta Marcondes.
Sandro Nicodemo, um dos pesquisadores, disse que o documentário tem objetivo de mudar a percepção das pessoas sobre o rio, que causa certa repulsa na Capital, mas que nasce puro, longe de São Paulo. “Importante mostrar que todo mundo pode defender o rio e a importância e preservar. O documentário nos faz imaginar o que o rio diria para nós se pudesse falar; como estamos cuidando dele e como podemos melhorar a sua saúde como corpo vivo”
As primeiras amostras colhidas no Cebolão mostram uma qualidade da água péssima, com índice de oxigênio abaixo de 1 miligrama por litro; o ideal para existir vida é acima de 5 miligrama por litro. A qualidade da água começa a melhorar conforme se a expedição se distancia da Capital.