Santo André completa aniversário no dia 8 de abril e o quarto mês do ano pode ser marcado pela imunização dos 120 mil idosos da cidade. Ao RDtv nesta quinta-feira (28/01) o secretário de Saúde, Márcio Chaves, revelou o audacioso plano que depende do envio de novas doses dos imunizantes aprovados nas próximas semanas.
O secretário vislumbra que pela logística dos primeiros lotes das vacinas Coronavac e Oxford enviadas pelo Ministério da Saúde haverá uma separação dos idosos por faixas etárias para que os mais experientes sejam imunizados primeiro, fato que reduzirá a quantidade de internados na cidade, algo que ocorreu em Israel, local em que 60% das internações de idosos foram reduzidas devido a imunização avançada.
Enquanto isso, a Prefeitura ainda aguarda as novas remessas de vacinas para finalizar a vacinação de primeira dose para os profissionais da área da Saúde, cerca de 2 mil ainda não foram imunizados. Os internos em lares de longa permanência já receberam a dose e aguardam a segunda.
Chaves não só aguarda a chegada de mais doses dos imunizantes como também aguarda uma decisão cientifica que aumente o tempo entre a primeira e a segunda dose da Coronavac. A princípio é projetada uma segunda aplicação entre 21 e 28 dias após a primeira, mas existe uma defesa de esticar este prazo por mais 14 dias sem o prejuízo da eficácia do medicamento que evita em 100% os casos graves.
“A pandemia está assustadora. Sabemos que as pessoas acabam refletindo mais sobre as medidas restritivas e não acompanham com clareza os números relacionados à pandemia. Poucas pessoas ficam sensibilizadas e chocadas com o número de mortos”, relatou o secretário sobre a dificuldade de entendimento de algumas pessoas sobre os riscos do covid-19.
Segundo os dados da última quarta-feira (27/01), o Centro Hospitalar Municipal (CHM) está com 81% dos leitos ocupados. Tal fato já fez com que a Prefeitura instalasse mais 20 leitos que aguardam autorização do Estado. No hospital de campanha do complexo esportivo Pedro Dell’Antonia, o percentual de ocupação é de 51% e na Universidade Federal do ABC é de 35%.
“Temos números para ir para uma fase menos restritiva, mas as pessoas precisam entender que a análise é dos números gerais da região. No ABC estamos com cerca de 70% de ocupação de leitos e na região metropolitana chega a 72% de ocupação”, finalizou Márcio Chaves.