Após o Governo do Estado autorizar o retorno das aulas presenciais, a Apeoesp (Sindicato dos Professores) anunciou que deve iniciar greve a partir do dia 8 de fevereiro contra a decisão estadual. A medida foi anunciada pela presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, a professora Bebel, em entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (1/2).
A professora conta que, uma assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira (5/1) para discutir a questão e, caso não haja um acordo referente ao assunto, os profissionais da educação vão se mobilizar. “Sabemos da precariedade da infraestrutura das escolas e o risco de contágio de profissionais da Educação e dos próprios estudantes. Não dá para garantir que não haverá transmissão da doença nesse momento e por isso não dá para voltar”, defende a presidente.
Segundo Maria Izabel, a categoria não voltará em formato presencial até que todos os profissionais da Educação se sintam em segurança. “Pelo direito à vida e pela prioridade dos professores e profissionais da educação na vacinação contra o coronavírus, não vamos voltar. Isso é uma decisão que não vamos voltar atrás até que se adote uma estratégia eficiente”, acrescenta logo em seguida.
Em um momento ao qual o Governo de São Paulo estabelece as fases Laranja (de segunda a sexta-feira) e Vermelha (aos fins de semana) do Plano São Paulo de retomada econômica, a professora defende que se faz contraditória a decisão de volta às aulas em formato presencial no Estado. “Quando se admite a necessidade de quase se fazer um lockdown no comércio, querem abrir as escolas? Isso não está certo, é uma total contradição e falta de responsabilidade”, reclama.
Volta às aulas
O retorno das aulas havia sido determinado inicialmente para 1º de fevereiro. Porém, em 22 de janeiro, esse prazo foi alterado para 8 de fevereiro para que os professores tivessem mais tempo de preparação em meio ao aumento de casos da covid-19 no estado. A volta, deve ocorrer com a capacidade reduzida.
Referente à determinação, a Apeoesp garante: “Não estamos prontos. Sabemos da necessidade dos pais, dos donos de escolas particulares, mas precisamos de uma estratégia eficaz, não algo que irá piorar e trazer mais problemas para esse momento tão complicado”, enfatiza a presidente.