A prefeitura de Ribeirão Pires considera os professores de educação física mais importantes para a vacinação que os profissionais de saúde e já começou a vacinar a categoria. Segundo a administração a postura segue determinação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. A cidade ainda nem vacinou todo o público do primeiro grupo prioritário, o de profissionais de saúde; segundo a prefeitura ainda falta vacinar 36% dos trabalhadores da classe médica e de enfermagem.
O próprio CREF (Conselho Regional de Educação Física) do Estado, em nota publicada no último dia 28 de janeiro em sua rede social, reconhece que a prioridade de vacinação é para os profissionais da linha de frente e somente depois viriam os profissionais de serviços essenciais. Porém enquanto nem todos os profissionais de saúde foram vacinados, os professores de educação física já começaram a ter acesso a imunização. “A vacinação dos profissionais de Educação Física que possuem o CREF foi recomendação da Secretaria de Governo do Estado. A nossa Secretaria Municipal recebeu a notificação oficial vinda do Estado e como seguimos as orientações, bem como o Plano Estadual de Imunização, incluímos os profissionais que possuem CREF ao grupo prioritário de vacinação. Além disso, os outros critérios para que o profissional receba a imunização é holerite ou documento que comprove vínculo empregatício com um estabelecimento de saúde (academia, por exemplo), e comprovante de residência”, justificou a administração.
A mesma nota da prefeitura explica ainda faltam ser vacinados 36% dos profissionais de saúde até esta quarta-feira (03/02). “Com base no nosso público alvo de profissionais da Saúde (3.838), aproximadamente 64% já foram vacinados”, explica. A prefeitura informou também que outro grupo prioritário, composto por idosos em ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos) e também os funcionários destas instituições, já foi 100% vacinado no município.
Com surpresa, foi assim que o médico pneumologista do Hospital Osvaldo Cruz e professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, Elie Fiss. Perguntado se acha razoável vacinar professores de educação física neste momento o especialista foi direto: “Sem vacinar todos profissionais da área da saúde nada me parece razoável”, resumiu.