O prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), junto aos seus secretários, apresentou nesta quinta-feira (4/2) os números das finanças da cidade. Com uma dívida de R$ 238,8 milhões o município, segundo o chefe do Executivo, precisa de 20 anos para conseguir resolver todos os problemas. Durante a apresentação sobraram diversas críticas ao ex-prefeito Kiko Teixeira (PSDB).
Segundo o secretário de Finanças, Eduardo Pacheco, a Prefeitura deve R$ 41,1 milhões para o Iprerp (Instituto de Previdência de Ribeirão Pires) e R$ 87,3 milhões para fornecedores. Com parte dos cobradores já houve acordo para parcelamento, porém, outros não aceitam as condições de pagamentos idealizadas pelo Poder Executivo.
“Vamos demorar para concertar, pois é uma verdadeira catástrofe administrativa. Um desmando total que os secretários podem comprovar. Mas é capaz que não tenham chegado em todos os desmandos que aconteceram, é como se estivéssemos tomando posse, entrado em casa e tivesse sido feita uma gestão de pessoas que não tem o menor zelo pelas coisas, não tem o menor controle financeiro, que não tinha a menor noção do que significa responsabilidade com o cidadão em relação a administração”, explicou Volpi.
Os problemas financeiros também acarretaram problemas na área da Saúde que conta com R$ 24 milhões de dívidas com os fornecedores, fato que causou a falta de testes para o covid-19, medicamentos e o que a atual gestão considera como colapso no sistema. Outra reclamação nessa área foi a concessão de férias para 40 técnicos em enfermagem, fato que gerou problemas na transferência de pacientes para o Hospital São Lucas.
No hospital de campanha para os infectados para o novo coronavírus foi constatado que 10 leitos não estavam habilitados e que quando chovia acabava molhando parte dos equipamentos, algo que a atual gestão da Estância Turística afirma que resolveu.
Outra área que sofreu com os problemas financeiros, principalmente com escolas que estavam com problemas estruturais. Em uma unidade foi verificado um vazamento de oito meses e que apenas no último quadrimestre fez com que a Prefeitura gastasse R$ 100 mil a mais.
Em equipamentos de Lazer e Cultura foi apresentada uma série de problemas relacionados a falta de conclusão de obras, apesar do pagamento ter acontecido.
Soluções
Entre as soluções encontradas pela gestão de Volpi está a redução do número de secretarias de 23 para 12 e por consequência a redução do número de funcionários comissionados. Outros setores também sofreram cortes para adequar as finanças e bancar os serviços básicos. Outro projeto de parcelamento da dívida com o Iprerp será enviado para o Legislativo.