Diocese de Santo André estuda incluir pastoral para comunidade LGBTQ+

O período de Quaresma e da Campanha da Fraternidade Ecumênica já começou na Diocese de Santo André. Convidado a falar sobre o assunto, o bispo Dom Pedro Carlos Cipollini anunciou, em entrevista ao RDtv sexta-feira (19/2), que estuda acolher uma pastoral, já existente na Diocese de São Paulo, que reúne a comunidade LGBTQ+ cristã.

De acordo com Cipollini, já existe um grupo de pessoas homoafetivas na Diocese e foi solicitado ao bispo a inclusão do grupo de reflexão. “A coordenação de pastoral trabalha para instalar este grupo na Diocese. Não se trata de apoiar ou não, e sim de acolher como Jesus acolheu, e ensiná-las a conviver sem se sentirem condenadas ao inferno por estarem em uma situação que não pediram para estar. O dialogo é necessário mesmo dentro de grupos da igreja”, informa.

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O pensamento de incluir o grupo vem em paralelo à Campanha deste ano, que traz o tema Fraternidade e Diálogo, ressaltado por Cipollini como uma das formas de aproximar as pessoas e deixar de lado as diferenças. “O cristão tem que começar a ser convicto de que o caminho que leva a paz desejada é o dialogo e a união. É o momento de fazermos um auto exame sobre a nossa cultura, temos um substrato de levar vantagem em tudo, aproveitar de todas as situações para sermos melhor que os outros, mas tudo isso é visto como negativo e vantagem”, afirma.

Vacinação

Questionado sobre as polêmicas e brigas em torno da pandemia e vacinação, o bispo celebrou a chegada do imunizante, e ressaltou que o objetivo é preservar vidas. “Mesmo com desorganização, a vacinação já começou, o Brasil tem uma prática de vacinação e pessoas muito competentes que se pudessem ajudar estaríamos muito para a frente. É importante todos se vacinarem”, comenta.

O bispo ainda falou que a violência é um processo de retroceder o País. “O Brasil não vai para o buraco, pois é maior que o buraco, essa falta de educação prejudica que a população consiga aquilo que e básico. Não adianta ter como lema Deus, família e pátria, mas aonde está Deus proclamado por pessoas violentas? Os que usam a religião para a violência deturpam a religião, seja ela qual for”, completa.

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