O anúncio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para que haja uma mudança no comando da Petrobras com a saída de Roberto Castello Branco e a entrada do general da reserva Joaquim Silva e Luna não caiu bem nas bolsas de valores com a queda das ações da estatal nesta segunda-feira (22/2), apesar da crise instalada o economista Ramon Barazal, ouvido pelo RDtv, tal situação não durará muitos dias.
“Isso tudo pode ser revertido nos próximos dias, basta que haja uma condução tranquila no ponto de vista da presidência da Petrobras e que os negócios continuem acontecendo dentro da normalidade da operação da empresa. Portanto, para os investidores e aplicadores que têm ações da Petrobras a indicação é de tranquilidade, eu não vejo nada de extraordinário contra isso. Claro que a mudança faz essa mexida grande, mas em duas ou três semanas você verá que haverá um refluxo contra isso e os valores das ações da Petrobras voltarão ao normal”, explicou.
Para o especialista, a ideia do momento seria o debate mais concreto sobre o fim do monopólio da empresa estatal. Apesar das falas sobre o fato de ser uma empresa de capital misto, Barazal vê que no mundo real é a única empresa que realmente faz todo o processo de extração e venda do petróleo no país, fato que pode atrapalhar a empresa.
Outro ponto colocado por Ramon é o alto preço dos combustíveis, puxado principalmente pelo alto percentual de impostos colocados, cerca de 50% segundo o economista, e que no curto prazo o ideal seria reduzir essa carga e assim dar mais competitividade de preço tanto para gasolina quanto para o etanol.