A queda de cabelo gera diversas dúvidas sobre causas e tratamentos, mas a auto avaliação e auto medicação são alertadas pelo médico dermatologista e novo presidente da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capital (ABCRC), Francisco Le Voci, que projeta abordar o tema com maior frequência na entidade, a fim de combater a desinformação.
Esta é a primeira vez que um dermatologista preside a ABCRC, fundada em 2003, e que conta com mais de 280 associados, e o Francisco já desmente os mitos que são trazidos pela população sobre o tema. “Tem toda uma história de dormir com o cabelo molhado, raspar o cabelo e não crescer e determinados alimentos que fazem com que os fios cresçam, mas isso não tem comprovação. Todas essas coisas devem ser vistas com muito cuidado”, informa.
A calvície, conhecida no meio científico como alopecia, pode ter diversas causas, segundo o médico, que devem ser avaliadas por um profissional qualificado e especializado no assunto. “A partir do momento que a pessoa notar alguma condição excessiva, como queda, falhas, coceiras, ardência, dor no couro, são sinais de que deve ser procurado um especialista”.
O presidente da ABCRC informou que o normal é que ocorra a queda de 80 a 120 fios de cabelo por dia, o que é caracterizado como a troca do cabelo. “Temos o ciclo do fio, em que o cabelo normal dura cerca de 2 anos e cresce 12 centímetros a cada ano. Vai depender do que pode estar acontecendo, cuidados com a alimentado, saúde, lavagem. Muitas pessoas gastam muito dinheiro com shampoos, mas o importante são as 3 funções, limpar os cabelos, não agredir e cuidar cosmeticamente”, salienta.
As condições físicas e mentais são destacadas por Le Voci como agravadoras da queda dos fios. “O estresse e temperaturas muito quentes no banho pioram. As diversas condições podem levar determinadas áreas a terem perda definitiva, pelo fato das raízes morrerem, e isso normalmente ocorre no alto da cabeça. Nesses casos, um cirurgião especialista pode indicar um planejamento cirúrgico”.
No caso de eventuais cirurgias, o dermatologista destacou que é importante que as pessoas procurem por profissionais especializados. “O dermatologista deve ser procurado no primeiro momento, e a indicação cirúrgica temos os cirurgiões plásticos ou dermatologistas especializados. Infelizmente nos temos a invasão profissionais não devidamente preparados, que acabam trazendo resultados insatisfatórios e difíceis de serem corrigidos”, completa.