Se há um ano o Brasil confirmava o primeiro caso do novo coronavírus com um senhor com mais de 60 anos, 365 dias depois a preocupação aumentou com os mais jovens. Ao RDtv nesta sexta-feira (26/2) o prefeito de Santo André e presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Paulo Serra (PSDB), relatou que metade dos internados nas últimas semanas tem entre 25 e 49 anos de idade, fato que é usado como justificativa para o lockdown noturno que será adotado na maior parte da região a partir deste final de semana.
“A ideia desse lockdown noturno, é um modelo que algumas cidades da Europa têm utilizado, é justamente restringir a circulação de pessoas, em especial de um público mais jovem que tem sido o principal público a ocupar (leitos) e que exige do Poder Público leitos hospitalares para atendimento da covid”, explicou Serra.
Diferente do início da pandemia na região quando a média de idade dos internados estava em 67 anos, hoje em dia o público mais jovem que passou a sair de casa com mais frequência tanto para viajar para as cidades litorâneas quanto para frequentar os mais diversos espaços em seus municípios passaram a ser o principal alvo da segunda onda.
A medida do lockdown noturno na região a princípio faria com que todos os comércios, com exceção de farmácias, fechassem às 21h, e o toque de recolher que retira o transporte público iniciaria às 22h na maior parte das cidades. Porém, essa decisão foi feita antes do anúncio do Governo do Estado que colocou a Grande São Paulo na fase laranja do Plano São Paulo.
Assim, todos os estabelecimentos terão que fechar às 20h a partir da próxima segunda-feira (1/3), sendo que no caso dos bares não será permitido o atendimento do público no local, ou seja, caso alguém queira consumir algo terá que levar o produto comprado para casa, assim aumentando a restrição.
Leitos
Outra preocupação da região é com o número de leitos ocupados, só no hospital de campanha do complexo esportivo Pedro Dell’Antonia, em Santo André, a taxa de ocupação chegou aos 95%. Paulo Serra relatou que caso seja necessário conseguiria aumentar rapidamente o número de leitos na cidade em mais 70 vagas, além da possibilidade em um prazo maior de tempo aumentar em até 200 vagas.
Sobre as demais cidades, Serra relatou que houve uma sinalização ainda não oficializada até o fechamento dessa edição por parte do Governo do Estado, de ajudar Ribeirão Pires a manter o seu hospital de campanha que terá o contrato encerrado no próximo domingo (28/2) e que está na beira da ocupação máxima de seus leitos.