Um ano de pandemia, um ano de muita luta para salvar o maior número de vidas possíveis e os heróis estão vestidos de branco, tentando ajudar aos infectados da melhor maneira possível. Ao RDtv nessa segunda-feira (8/3), a fisioterapeuta Debora Santos que trabalha no Hospital Anchieta, em São Bernardo, relatou sobre todo o processo de quem está na linha de frente e que tem que conviver com o período para acabar com o pesadelo na vida dos infectados.
Debora relata que um dos principais problemas da covid-19 é que o tratamento é solitário devido ao isolamento que deve ser feito do infectado, pois diferentemente de outras doenças em que um familiar ou amigo pode acompanhar mais de perto, o novo coronavírus força um afastamento quase que total, só quebrado pela tecnologia com algumas chamadas de vídeo e a presença dos profissionais de Saúde que estão ao lado e passam a ser os principais amigos do paciente.
“No dia a dia você é um pouco de tudo para aquele paciente. Você vai acalmá-lo, você vai falar uma palavra de carinho, de conforto e aquela pessoa vai se apegar a você, e você a ela, porque ela passa a confiar em você e vai você vai precisar da colaboração dela, e que ela acredite em tudo que você está fazendo”, relatou.
A fisioterapeuta que auxilia tanto no tratamento de quem está infectado quando no pós, principalmente pelas sequelas naqueles que tem o comprometimento da capacidade respiratória, também serve como um processo de segurança para os momentos mais difíceis como a necessidade da intubação.
Apesar das histórias tristes, Debora considera que o grande número de pessoas recuperadas deve ser divulgado, pois é o grupo formado pela maioria dos mais de 10 milhões de infectados pelo país.
A especialista vê com muita preocupação o aumento dos casos, principalmente entre os mais jovens, fato que acaba criando um cenário caótico nos hospitais e por consequência para aqueles que estão na linha de frente e precisam ajudar pessoas que a princípio não seriam os mais fragilizados pela doença em comparação aos dados da primeira onda.
Debora também foi acometida pela doença, em abril do ano passado. Teve 50% dos pulmões comprometidos, sentiu cansaço como uma das consequências do vírus, mas agora se sente mais aliviada por ter tomado as duas doses da vacina. Agora tenta convencer as pessoas de manter os cuidados exigidos pela ciência para que o número de casos reduza e assim possa desafogar os equipamentos públicos e particulares de Saúde.