Após 17 dias (15 de março de 2020) da confirmação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o ABC se viu inserido na pandemia com a divulgação das primeiras notificações da doença em São Bernardo e São Caetano. Um ano depois a região vive o pior momento com a maior velocidade no ritmo de crescimento dos infectados e das vítimas fatais. Levantamento feito pelo RD aponta que a média diária de casos nos primeiros 73 dias de 2021 é 65,03% maior do que os dos 292 dias de pandemia em 2020. E no mesmo período comparado a média diária de mortes é 90,62% superior.
A reportagem separou o período de pandemia em duas fases, os 292 dias de 2020 (15 de março até 31 de dezembro) e os primeiros 73 dias de 2021 (1º de janeiro até 14 de março). No ano passado o ABC terminou o ano contabilizando 103.784 casos confirmados. Em 2021 foram somados 42.820 casos, um acréscimo de 41,26%. Rio Grande da Serra foi a que teve o maior crescimento percentual – 86,75%. Neste ano foram 740 casos confirmados até o último domingo (14/3), sendo que em todo o período do ano passado foram contabilizadas 853 notificações confirmadas.
No caso do número de mortes foram 3.549 vítimas fatais em decorrência do novo coronavírus em 293 dias de 2020. Em apenas 73 dias de 2021 foram registradas 1.691 mortes, um acréscimo de 47,65%. Rio Grande também lidera percentualmente o crescimento com 86,75%, foram 34 notificações no ano passado e 15 neste ano.
Média diária
A média diária de casos no ABC em 2020 terminou com 355,42. Até o dia 14 de março a média móvel da região chegou a 586,57, ou seja, diariamente temos 65,03% a mais de confirmações de infectados do que no ano passado. Rio Grande da Serra apresenta uma alta de 246,92%. Ribeirão Pires viu a média diária subir para 102,32% e São Caetano viu o dado subir 100,19%.
Em relação as mortes, a média diária da região nos 292 dias de pandemia em 2020 foi de 12,15 e nos 73 dias primeiros dias de 2021 subiu para 23,16, uma alta de 90,62%. Mauá apresenta o maior aumento das sete cidades, 192,45%, seguida por Santo André com 168,6% e Ribeirão Pires com 102,56%.
Se a região manter os dados sem grandes avanços no isolamento social e na vacinação, em 2 de junho, ou seja, com 153 dias teremos o mesmo número de mortos por covid-19 que em 2020. No caso do número de casos, os dados serão igualados no dia 26 de junho, com 177 dias.
Sem vacina e isolamento, a região poderia terminar o ano de 2021 com mais 214 mil casos e 8,4 mil mortos, sem levar em conta os dados de 2020. Outro dado comparativo que mostra a aceleração da pandemia no ABC é a média móvel. Em 31 de dezembro a média de casos foi de 368 e de mortes foi de 10,71. No dia 14 de março a média de casos foi de 741,14 e de óbitos foi de 40,29.
Obs.: O RD apresenta os dados levando em conta os levantamentos das prefeituras em comparação com o boletim estadual, sempre levando o número maior em consideração. Exemplo: se o boletim da Prefeitura apresentar um número maior do que o do Estado, este dado será levado em conta.