Após reunião virtual que ocorreu nesta quarta-feira (18/3) os sete prefeitos do ABC decidiram em mudar a estratégia para obter o lockdown para conter o aumento da transmissão e em consequência frear o aumento de internações por covid-19. O Consórcio Intermunicipal Grande ABC entrará em contato com o Governo do Estado e busca convencer o governador João Doria (PSDB) para oficializar a tal medida.
Unanimidade entre os chefes de Executivo da região, o lockdown foi descartado neste momento após a conclusão de que não adiantaria realizar tal movimento sem a participação da Capital. “Se São Paulo não fizer o lockdown não adianta absolutamente nada, pois o transporte coletivo continuaria funcionando e a circulação das pessoas seguiria acontecendo”, disse o prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), em pronunciamento.
Agora o próximo passo é buscar apoio com os consórcios das demais cidades da região metropolitana e por consequência criar um cenário de pressão para que Capital faça o mesmo. O governo paulistano já indicou a antecipação de cinco feriados (dois deste ano e três de 2022) para criar um período de 10 dias sem atividades, também com a intenção de frear os números da pandemia, principalmente após o registro da primeira morte de uma pessoa na fila de espera por um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
A tentativa de criar um período, mesmo que curto, de fechamento total dos estabelecimentos não essenciais e a redução mais intensiva da circulação foi pedido por Volpi e endossado pelos demais prefeitos do ABC. Porém a ação novamente foi barrada pela não participação da Capital que virou ponto central de todas as ações feitas na Grande São Paulo.
Desde o final do ano passado a região metropolitana é avaliada como um todo. Mesmo com ABC liderando a quantidade de leitos para cada 100 mil habitantes, os dados não davam o aval para seguir para fases mais brandas do Plano São Paulo na frente do município de São Paulo. Agora com a necessidade de algo ainda mais restritivo o mesmo cenário segue acontecendo.