Mauá e Diadema planejam volta às aulas presenciais para 3 de maio

Nas demais cidades do ABC, as aulas presenciais seguem suspensas (Foto: Banco de imagens)

As prefeituras de Diadema e Mauá definiram que o retorno das aulas presenciais tanto nas escolas municipais, quanto estaduais está previsto para 3 de maio. Em nota, as administrações municipais informam que durante o mês de abril farão análise dos índices da pandemia para determinar se a volta será ou não postergada. Nas demais cidades do ABC, as aulas presenciais seguem suspensas em todas as redes de ensino, e as prefeituras aguardam as novas diretrizes do Governo do Estado.

No momento, a previsão em Mauá é que as aulas da rede particular de educação infantil, fundamental, médio, de cursos técnicos e profissionalizantes sejam retomadas a partir do dia 15 de abril, bem como faculdades e universidades. Já na rede pública, a volta acontece no mês que vem “quando a pandemia de trégua e aliviar a pressão no sistema de saúde, além do avanço positivo da campanha de vacinação”, de acordo com a Prefeitura.

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A medida não agradou todos os professores, que ainda se sentem desprotegidos para a volta às aulas em formato presencial. “Não vamos ter tomado a segunda dose da vacina ainda, como querem voltar? Isso é um crime contra os professores”, indaga uma professora de rede pública de Mauá, que preferiu não ser identificada. Ela conta que tem diabetes e, por conta disso, não planeja voltar no período proposto. “Se decidirem pela volta, terei que procurar outra opção para trabalhar. É muito arriscado”, enfatiza.

Em Diadema, os professores e demais profissionais da saúde devem ser vacinados a partir de 12 de abril, como o calendário do Governo do Estado estipula. No entanto, o município aguarda informações sobre a disponibilidade de doses e demais orientações da Secretaria de Saúde para detalhamento da vacinação, mas adianta que a previsão para retorno das aulas segue para 3 de maio.

Aulas presenciais seguem suspensas nas demais cidades

Em Santo André, São Caetano e Ribeirão Pires, as aulas presenciais seguem suspensas. Na primeira cidade, a princípio a suspensão segue até 11 de abril, em todas as redes de ensino, seja particular ou pública (municipal ou estadual). São Caetano ainda não definiu novo calendário para retorno das aulas presenciais e a medida deverá ser discutida posteriormente. “Na semana que entra, a Secretaria de Educação, juntamente com a Secretaria de Saúde, definirá estratégia de agendamento da vacinação dos profissionais da Educação”, diz a Prefeitura em nota. Em ambas municípios, o ensino remoto continua normalmente.

A Secretaria de Educação de Ribeirão Pires anunciou que a cidade não retornará as aulas presenciais até 30 de maio. Para a rede estadual e particular, as atividades com alunos dentro das unidades poderão ser retomadas a partir de 21 de abril. A previsão anterior era 5 de abril para todas as redes de ensino. “O decreto ressalta que a nova previsão de retomada das aulas presenciais, seguindo todos os protocolos sanitários estabelecidos, está condicionada ao cenário da pandemia no município.  A suspensão das atividades presenciais vale para todos os segmentos: Infantil, Fundamental, Médio, Superior, Cursos Profissionalizantes e Técnicos”, informa a Prefeitura em nota.

Profissional da educação deve apresentar comprovante VacinaJá (Foto: Alex Cavanha/PSA)

Vacinação dos professores

A região aguarda a chegada de novas doses da vacina contra a covid-19 para definir o plano de imunização dos profissionais da educação. O anúncio para atendimento da categoria foi feito no dia 1° de abril, pelo Estado, e prevê aplicação a partir de 12 de abril, em todos os profissionais com mais de 47 anos, que atuam nas escolas, desde a creche ao ensino médio, nas redes estadual, federal, municipais e privadas do Estado.

Para isso, os profissionais devem fazer o cadastro via site vacinaja.sp.gov.br/educacao, com número do CPF, nome completo e e-mail. Em seguida, ele receberá um link no e-mail indicado e será necessário validá-lo para dar continuidade ao cadastro. É importante verificar se o e-mail não foi deslocado para a caixa de spam.

No ato da vacinação, o profissional da educação deverá apresentar o comprovante VacinaJá Educação, RG e CPF para conferência dos dados pelo profissional de saúde. Caso, o usuário não apresente o comprovante VacinaJá Educação ou o seu número de CPF não conste no comprovante apresentado, não poderá ser imunizado.

Para o presidente do Sindserv Santo André (Sindicato dos Servidores de Santo André), Rodrigo Gomes, a medida é imprescindível para que os profissionais voltem a atuar com segurança. “Desde que a pandemia começou falamos do respeito e direito à vida, tanto para as crianças como para os profissionais da Educação. Não faremos a volta presencial até que todos os profissionais estejam vacinados e protegidos”, afirma.

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