Reeleito vereador e posteriormente presidente da Câmara, Tite Campanella (Cidadania) completa no próximo sábado (10/4) 100 dias de mandato à frente da Prefeitura de São Caetano. Apesar da data, o chefe do Poder Executivo ainda vislumbra que o seu tempo no comando do Palácio da Cerâmica será menor, pois acredita no retorno de José Auricchio Júnior (PSDB). Ao RDtv nesta quarta-feira (7/4) o político relatou sobre o período e as medidas no combate à covid-19.
Tite assumiu o comando da Prefeitura devido a indefinição da situação eleitoral de Auricchio, que ainda aguarda resposta sobre o processo que indeferiu sua candidatura, apesar de ter sido o mais votado nas urnas. Enquanto isso, o prefeito em exercício tenta manter a organização planejada pelo grupo do tucano e que foi mantida em quase toda a sua totalidade.
“Conseguimos manter uma organização com a manutenção de boa parte dos nomes que já estavam na gestão, com uma ou outra mudança. Seguimos o plano de governo que estava estabelecido. Claro que acabo colocando a minha cara, o meu jeito de administrar. Alguns me perguntam se não vou fazer uma obra para ser lembrado, mas prefiro fazer pequenas obras que podem melhorar a vida do cidadão e a cidadã de São Caetano”, explicou.
Autodenominado “conservador” na administração, Tite relatou que no início do mandato interino fez uma série de contingenciamentos e cortes de cargos, fato que vai gerar uma economia anual de R$ 96 milhões, levado em conta a expectativa orçamentária para este ano que é de R$ 1,1 bilhão.
A ideia do chefe do Executivo é apenas gastar o que tem, principalmente para manter o atendimento daqueles que foram infectados pela covid-19. Sobre esse assunto, Tite Campanella revelou que houve uma queda no número de internados, mas ainda nada que possa ser comemorado, pois não se sabe do comportamento futuro da pandemia, o que também dependerá da vacinação e da aceitação das medidas sanitárias.
Sobre o Plano São Paulo, Tite relatou que não sabe o que esperar sobre a prorrogação ou não da fase emergencial, mas reclamou sobre a falta de unidade dos políticos nas esferas estadual e federal para conseguir convencer as pessoas a manter os cuidados devidos.
“Enquanto a União defendia o prosseguimento da vida para aliar Saúde e Economia, o governo do Estado falou outra coisa. Críticas dos dois lados. As pessoas ficaram cansadas, pois não sabem mais o que seguir. Em outros países tivemos uma união, aqui não houve isso e claro que essa situação atrapalhou”, explicou.
Outro ponto atrapalhado pela pandemia foi a concretização de algumas linhas de crédito abertas junto ao CAF (Confederação Andina de Fomento) que não foram concretizados por causa da paralisação das reuniões presenciais. As demais ações já formadas com o Desenvolve SP e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) seguem normalmente na cidade.
Agora a Prefeitura segue na linha de estudos para definir ações de ajuda aos moradores como o Refis e até mesmo uma possível abertura de um auxílio emergencial municipal. Mas nada ainda foi fechado pela gestão.