Dados das prefeituras da região revelam que, desde o início da campanha de vacinação contra a covid-19, 1.362 pessoas abrigadas em instituições municipais receberam pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus.
Em Ribeirão Pires, todos os abrigados da cidade já receberam a imunização. Ao menos 220 idosos da ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso) foram imunizados com a 1ª dose da vacina e, entre eles, 212 já receberam a 2ª dose. A vacinação ocorreu em todos os 10 abrigos do município.
Assim como Ribeirão Pires, São Bernardo também contemplou 100% dos abrigados, com aproximadamente 1 mil idosos Instituições de Longa Permanência imunizados com primeira e segunda dose.
Mauá diz ter vacinado todas as pessoas nas residências inclusivas, com primeira e segunda dose. O município informa que moradores de rua, de acordo com a faixa etária prioritária, também serão vacinados. A Prefeitura de Diadema informou que 82 moradores em situação de rua já foram vacinados com a primeira dose da vacina. Em relação a aplicação da segunda dose, a administração não forneceu informações.
São Caetano vacinou, no final de janeiro, todos os moradores e cuidadores de Instituições de Longa Permanência da cidade. Ao todo, 1.057 asilados e cuidadores receberam as duas doses da vacina. A cidade também vacina moradores em situação de rua, acima de 60 anos, que estão no abrigo municipal. Até o momento, três receberam as duas doses.
Em entrevista para o RD, Erico Filev Maia, gestor do curso de medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), ressalta a importância da aplicação da vacina nas pessoas que se encontram nesta situação. “A atenção foi voltada para essas pessoas justamente porque grande parte deste público já possui mais idade”, explica.
Assim, de acordo com o médico, o risco de apresentar mais enfermidades aumenta. “As pessoas com idades mais avançadas correm risco maior de apresentar doença crônica ou, até mesmo, psicológica”, explica. Segundo o especialista, por estes motivos, os riscos para esta população aumentam.
Procuradas, as prefeituras de Santo André e Rio Grande da Serra não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.