Geração de emprego melhora no ABC, mas saldo ainda é negativo

Central de Trabalho e Renda de São Bernardo, cidade que teve o melhor desempenho na geração de emprego no primeiro trimestre. (Foto: Gabriel Inamine/PMSBC)

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (28/04), mostram que a região ainda está devendo quanto a geração de empregos. O saldo foi negativo, ou seja, mais demissões que contratações, como têm sido as últimas parciais do nível de emprego, porém o índice negativo tem diminuído; em janeiro deste ano, no acumulado de 12 meses, o saldo de empregos era de -8.369 postos de trabalho, passados dois meses o saldo entre abril de 2020 e março de 2021, já é de -1.076.

“Em 12 meses, o saldo acumulado entre contratações e demissões é negativo no ABC, -1078 postos de trabalho. O mês de março de 2021 manteve essa tendência negativa: -180 postos. Por setor de atividade, o segmento de serviços continua a ser uma fonte de preocupação. Foi o que mais demitiu em março já descontando as contratações: -930 postos, contra -309 no comércio. O setor de construção apresentou variação positiva em março:  899, e a indústria, 163”, analisou o economista Jefferson José da Conceição, professor e coordenador do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).

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A recuperação se deu nos últimos meses. Se considerados somente os três primeiros meses deste ano foram gerados 8.162 postos de trabalho já descontadas as demissões do período. O destaque mais positivo fica para São Bernardo, que entre janeiro e março gerou 3.701 postos de trabalho, sendo a cidade do ABC que mais gerou empregos este ano, seguida por São Caetano com saldo de 2.167; e Diadema, com 1.717 vagas. A única cidade que ficou com saldo negativo de empregos neste ano é Ribeirão Pires (-139 vagas).

O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) comemorou o resultado do emprego na cidade. “Acompanhamos dia a dia os impactos da pandemia em São Bernardo e não é diferente na economia. Estamos atentos e atuando de forma permanente para o fomento do mercado de trabalho, seja com a desburocratização ou com incentivos fiscais. A geração de renda para a nossa população é uma meta contínua da administração”.

Em nota, a prefeitura de Ribeirão Pires disse que desde o início da atual gestão tem investido na capacitação profissional e na facilitação para abertura de empresas. ” Neste primeiro trimestre, a Secretaria de Desenvolvimento, Emprego e Renda tem focado na capacitação profissional da mão de obra – principalmente de forma online junto com parcerias com o Sebrae e Governo do Estado; além de parcerias com empresas da cidade e na busca ativa por vagas. O empreendedorismo, a busca pela formalização de negócios e capacitação profissional foram responsáveis pela maioria dos atendimentos do PAT Ribeirão Pires (Posto de Atendimento ao Trabalhador) no primeiro trimestre de 2021. Isso porque, de janeiro a março, foram 1.980 atendimentos através do Via Rápida Empresa (VRE) e, também no mesmo período, 1.650 atendimentos relacionados à MEI (Microempreendedor Individual). Sem atendimento presencial por conta da pandemia, o PAT intermediou a seleção de mão-de-obra (recebimento de e-mail dos candidatos e encaminhamento para empresas contratantes) de 1.735 vagas no trimestre.

Considerado somente o mês de março, São Caetano teve o melhor saldo na diferença entre contrações e demissões, ficando com saldo de 552 vagas. Em seguida vem Diadema, com 456, e Rio Grande da Serra com 25. As demais cidades tiveram crescimento negativo do emprego. Nos doze meses entre abril de 2020 e março de 2012, São Caetano foi a que ficou com o melhor saldo de empregos no ABC, foram 802 vagas, em seguida vem Rio Grande da Serra com 52. As demais ficaram no negativo contribuindo para o resultado regional de -1076 vagas.

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