Após diversas reclamações sobre a poluição do Polo Petroquímico, o Comogesan (Conselho Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental de Santo André) decidiu intensificar a fiscalização em torno da empresa, que vai passar a receber equipes semanalmente em dias e horários diferentes, drones e atendimento imediato em casos de denúncia.
De acordo com Eriane Justo Luiz, secretária executiva do Conselho e diretora do Departamento de Gestão Ambiental do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), as ações foram decididas no dia 4 de maio, após reunião extraordinária, devido ao aumento das reclamações, junto a delegacia de crimes ambientais e promotor de Meio Ambiente de Santo André.
“A nossa expectativa era grande de que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) viesse na reunião, mas infelizmente justificaram que não poderiam comparecer por conta de outras agendas e não enviaram nenhum esclarecimento sobre. Então fizemos uma série de questionamentos e estamos cobrando um posicionamento”, comentou Eriane, durante entrevista ao RDtv.
Mesmo com a decisão, a falta de dados sobre os poluentes é necessária para ações ainda mais efetivas, segundo a secretária, mas o Ministério Público e delegado de Meio Ambiente já abriram processos de investigações no Polo por crimes ambientais. “Ainda temos ideias de acionar os agentes de saúde da região e trabalhar com a comunidade, pois a ideia é intensificar as ações em relação ao Polo”, salienta.
As denúncias também ganharam novos canais para os moradores, que agora podem ser realizadas pelos e-mails: faleconosco@semansa.sp.gov.br, do Semasa, e gca@semasa.sp.gov.br, direto para a gerência de fiscalização. “Pelo aplicativo do Colab também recebemos, inclusive a última veio via Secretaria do Meio Ambiente, e fizemos ofício em conjunto para a Cetesb, que foi na semana em que a Brasken foi autuada”, comenta Eriane.
Cofip reconhece problemas
Na reunião, o Conselho também convidou representantes do Polo e Erenir revelou em entrevista que dois representantes do Cofip compareceram e reconheceram o problema por parte da empresa. “Eles falaram que há problemas e investigam junto com a Cetesb, mas ainda fica dúvida de qual é a empresa, e que vão tentar, com essas empresas, alguma forma de identificar”, completa..