O prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), em entrevista à rádio BandNews FM, nessa segunda-feira (31/5), relatou que estudará com a equipe da Saúde uma forma de vacinar as pessoas que se utilizam do transporte público. Para o chefe do Executivo, as características do município não geram a necessidade de medidas mais duras para a redução da circulação de pessoas.
“A principal decisão em Ribeirão Pires não é paralisar o transporte, mas vacinar quem utiliza o transporte. Já vacinamos os cobradores e os motoristas de ônibus, então se nós vacinarmos as empresas consideradas essenciais pelo Governo Federal e nós temos uma grande empresa que tem um número grande (de funcionários) que é a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), eles têm aproximadamente 1,6 mil funcionários”, exemplificou.
A intenção é ainda nesta semana ocorra reuniões para conseguir avaliar quando é possível colocar este público na fila para a imunização contra o Covid-19. A cidade iniciou nessa segunda-feira a vacinação de quem tem 18 anos ou mais e que apresenta alguma comorbidade. A partir desta terça-feira (1/6) começará a vacinação de todos os profissionais da Educação, tanto da rede pública quanto da rede privada.
Com o calendário mais adiantado do que o Estado, Volpi justifica a rápida ação com o formato adotado na cidade. A ideia é evitar que exista a chamada xepa. Então quando é percebido pelos profissionais da saúde que alguma ampola será aberta, mas que não será utilizada totalmente naquele dia, existe o pedido para que a pessoa volte no dia seguinte, o que permite que todo o estoque seja utilizado e assim garanta a segunda dose para quem precisa, sem que nada seja perdido.
Preocupação
Apesar do avanço na vacinação, o atual estágio da pandemia segue preocupando Ribeirão Pires. No último final de semana a cidade necessitou que seis pessoas infectadas fossem internadas em hospitais de Santo André e São Caetano, pois não havia mais vagas disponíveis. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) voltou a ter pessoas intubadas, assim como aumentou a ocupação no hospital de campanha.
Outra preocupação de Volpi é a idade média dos internados, nos últimos dias essa faixa caiu para 42 anos. Questionado se poderia adotar medidas mais duras contra a circulação como Santo André e São Bernardo, Volpi alegou que Ribeirão Pires conta com um ritmo de vida diferente. “A partir das 20h não tem mais a circulação de pessoas na cidade, então não é necessário reduzir a nossa frota”, mas mesmo assim relatou a necessidade de uma maior atenção dos munícipes para os cuidados básicos de uso de máscara, higienização e distanciamento.