Mauá prevê abertura do primeiro banco de sangue para setembro

Expectativa é que novo hemocentro receba 2 mil doadores de sangue ao mês (Foto: Venilto Kuchler)

Em entrevista exclusiva ao RD, a gerente regional da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), Solange Rios, disse que o primeiro banco de sangue de Mauá deve começar a funcionar já a partir de setembro deste ano. A Prefeitura iniciou, em abril, os estudos para a implantação do hemocentro, que, a princípio, irá funcionar no Centro de Referência em Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, na Vila Bocaina.

Para Solange Rios, a implantação do serviço em Mauá será de grande valia para toda a região, uma vez que, atualmente, os doadores precisam se deslocar para outra cidade para doar sangue. “Temos em Santo André e São Bernardo muitos doadores de Mauá e eles sempre reclamam que é muito longe para doar sangue”, conta. O espaço para a instalação do futuro banco de sangue já foi disponibilizado pela Prefeitura e passa por adaptações.

Newsletter RD

Com a criação do serviço em Mauá, a expectativa da Colsan é receber mais 2 mil doares de sangue todo mês, e assim, resolver o problema da falta de sangue em hospitais públicos e filantrópicos, com promoção de coleta, distribuição e transfusão. “Este é um problema de longa data, e a chegada de um novo banco será uma contribuição importante para o sistema de saúde”, sustenta.

O novo hemocentro vai realizar a coleta de amostras de sangue, frutos de doação, além do processamento, provas de compatibilidade e controle de qualidade para permitir diagnósticos e laudos. Também vai armazenar e preservar sangue para o uso em transfusões. Mauá conta, atualmente, com uma agência transfusional, localizada no Hospital Nardini, sob responsabilidade da Colsan. A unidade, no entanto, não faz coleta de sangue, mas realiza testes pré-transfusionais, assim como a liberação de hemocomponentes para transfusão.

Bancos de sangue atendem 65% da capacidade

Com a pandemia da covid-19, o número de doadores de sangue diminuiu, consideravelmente, e os hospitais dependentes da coleta em Mauá, São Bernardo, São Caetano, Santo André e Ribeirão Pires (Hospital e Maternidade São Lucas) sofrem diretamente com a baixa. Informações da Colsan revelam que, por conta do isolamento social, a média de 9,4 mil doadores mês registrou, em maio último, pouco mais de 6 mil doadores, que ocuparam 65% da capacidade dos bancos de sangue.

Segundo a gerente regional, com o estoque atual é possível abastecer os hospitais da região em aproximadamente de 7 a 10 dias, sendo que a quantidade ideal seria para 20 dias. No momento atual, os bancos de sangue buscam os tipos de Rh negativo (A, B, AB e O), e podem doar aqueles com idades acima de 16 anos e que pesem mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

A fim de captar mais doações nos bancos de sangue da região, a Colsan mantém campanha ativa nas igrejas e empresas da região. Para se ter ideia, até maio deste ano a regional atendeu cerca de 30,2 mil doadores, sendo 68,16% da capacidade. Para chegar ao número, o Hemocentro do Hospital Estadual Mário Covas estendeu o horário de atendimento, das 8h às 15h30. Informações: www.colsan.org.br

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes