Nos últimos meses, a Vila Palmares, em Santo André, tem sido um dos principais alvos de criminosos da região. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) revelam que entre fevereiro e abril, o número de roubos nesta região aumentou 41%, de 56 ocorrências para 79, o que tem assustado a população. A prefeitura, por sua vez, ignora a situação e, em nota, disse que não confirmou a denúncia do morador.
Uma moradora que optou por não se identificar conta que sua filha, já assaltada em outra ocasião, se livrou de um novo episódio de assalto à mão armada após a vizinha ter presenciado a cena e lhe chamado para dentro de casa. “Tenho dois filhos que enfrentaram essa situação, imagina se um deles morre com um tiro”, diz.
A reclamante conta que os moradores locais estão cada vez mais inseguros com a situação, uma vez que os assaltos vêm crescendo diariamente, em especial nos pontos de ônibus do bairro. Segundo relatos de vítimas que já foram assaltadas no bairro, uma dupla de motoqueiros que circula pela Praça Tangará, principalmente no período da manhã e da noite, é a responsável por praticar os crimes.
Em áudios encaminhados para a reclamante, vizinhas detalham outros casos de assaltos praticados pela dupla. “Assaltaram todo mundo no ponto da Coop. A polícia vem com a sirene ligada e eles (os criminosos) fogem, principalmente porque sabem o horário”, conta uma moradora. “Tem um rapaz aqui na rua que pega ônibus com o meu sobrinho e foi assaltado três vezes em menos de um mês”, relata outra moradora.
A munícipe defende que faltam estratégias entre as forças policiais para intensificar a segurança local. “Não há sequer câmeras de segurança na praça ou pelas ruas. Pedimos a instalação de um posto policial há um tempo e nem isso atenderam. […] A Vila Palmares é um bairro esquecido, não temos nem mesmo uma farmácia por aqui aberta à noite”, completa.
Questionada, a Prefeitura de Santo André diz que mantém trabalho integrado com as forças policias do município. Apesar do número crescente de crimes na região, comprovados, inclusive, pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, a administração informa que “várias ‘denúncias’ procedentes do RD não são confirmadas pelas equipes de campo”. Já a Polícia Militar não retornou até o fechamento da reportagem. (Colaborou Gustavo Lima)