Alvo de críticas de parte dos vereadores na sessão da última terça-feira (3/5), o secretário de Educação de São Caetano, Fabrício Coutinho, rebateu os questionamentos sobre a retomada das aulas. Em sua participação no RDtv nesta quinta-feira (5/8), o educador afirmou que não foi procurado pelos parlamentares para debater o assunto. “Criticar de fora é fácil”.
Questionado sobre um possível processo de fritura de seu nome, pois as críticas ocorreram durante uma sessão ordinária do Legislativo, Fabrício afirmou que não sente nenhum tipo de pressão oriunda dos parlamentares, porém considera que o debate poderia ter ocorrido diretamente com a Secretaria.
“Quando nós estamos na gestão pública, no cargo público todas as nossas ações são questionadas. É muito fácil você criticar quando você está de fora, mas em nenhum momento teve algum vereador aqui que sentou para trabalhar comigo, para planejar às ações de retorno às aulas. Eu sempre deixei as portas da Secretaria abertas para que possamos dialogar, construir coletivamente, independente se é um vereador da situação ou da oposição”, relatou.
Outra crítica rebatida pelo secretário veio do presidente da Câmara, Pio Mielo (PSDB), que ao RDtv, em julho, relatou que sentia a falta de esforço jurídico para que a cidade pudesse aprovar novamente o abono aos profissionais da Educação.
“O maior interessado em fornecer esse abono aos funcionários é a Secretaria de Educação, mas todos sabem que tem uma lei federal que está acima que impede qualquer tipo de bonificação. Infelizmente na cidade o abono é algo votado sempre no início de cada ano, se fosse algo fixado seria mais fácil para concedê-lo”, resumiu.
A lei federal relatada por Fabrício Coutinho é a Lei Complementar 173/2020 que impede reajustes ou bonificações para qualquer categoria do funcionalismo público, em qualquer esfera, até 31 de dezembro deste ano. Caso algum ente público faça uma medida desta espécie, o município ou o estado (dependendo de quem foi o autor do reajuste) perderá verbas para o combate ao Covid-19.
Retomada
Sobre a retomada que começou em junho, mas foi ampliada após as férias de julho, Coutinho relatou que até setembro todos os anos terão sua retomada gradual iniciada, inclusive com a possibilidade do ensino integral para alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I.
No caso dos professores, a expectativa é que a partir de 23 de agosto ocorra a vacinação para a segunda dose dos profissionais até 47 anos, o que facilitaria o retorno da categoria para o trabalho presencial a partir de setembro.
Segundo o último boletim epidemiológico da Educação em São Caetano, um aluno e um funcionário tiveram o resultado positivo para Covid-19 e foram afastados, assim como a turma deste aluno. Desde junho foram 19 estudantes infectados.
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