A Prefeitura de Rio Grande da Serra admitiu nesta terça-feira (17/8) que 12 adolescentes foram imunizados com vacinas da Coronavac e Astrazeneca/Oxford, estas não autorizadas para pessoas entre 12 e 17 anos. Uma investigação interna foi aberta para avaliar os motivos pelos quais este grupo recebeu um imunizante contra a covid-19 sem autorização.
Segundo nota, foram aplicadas 10 doses de Coronavac e duas de Oxford/Astrazeneca em adolescentes com comorbidades, que são vacinados no município desde o último domingo (15/8). “Essas vacinas ainda não são recomendadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), porém a Butantan/Coronavac já está em análise pela Agência”, alertou o Poder Executivo.
A Secretaria de Saúde lamentou o ocorrido e iniciou o monitoramento dos 12 adolescentes, e aguarda orientação do Governo do Estado para saber quais serão os próximos passos nestes casos. Além disso, um processo administrativo foi aberto para investigação. Os funcionários envolvidos foram afastados.
Outros casos
Essa não foi a primeira vez em que grupos foram imunizados de maneira errada na região. Em abril, cinco crianças que foram até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Diadema para tomar a vacina contra a gripe, mas acabaram tomando doses da Coronavac. Apesar do erro, nenhuma delas teve qualquer reação adversa. Mesmo assim não vão tomar a segunda dose, pois ainda não autorização da Anvisa para este grupo, apesar do pedido já mencionado para a imunização do grupo entre 3 e 17 anos com a vacina do Instituto Butantan.
No mesmo mês, em Mauá, um funcionário da Secretaria de Saúde tomou doses diferentes de vacinas contra a covid-19. Na primeira dose, em janeiro, recebeu a aplicação da Astrazeneca/Oxford. Na segunda dose, em abril, recebeu a Coronavac. O mesmo servidor foi acompanhado e tomou a dose da Astrazeneca duas semanas após a aplicação errônea.
Mudanças
O único caso em que foi permitida uma mudança foi para grávidas, puérperas e lactantes. A princípio todas as vacinas disponíveis no país estavam aptas para este grupo, porém, após uma reação adversa grave que supostamente ocorreu em uma paciente que tomou Astrazeneca/Oxford, todas que tomaram o mesmo imunizante receberam como segunda dose Coronavac ou Pfizer.