Um morador do bairro Cerâmica, em São Caetano, reclama de cobrança abusiva na conta de energia elétrica. Eugênio da Silva Evangelista relata que de julho a agosto, o aumento foi sem explicações e extremamente absurdo, passou da média de R$ 230 para R$ 680.
Em entrevista ao RD, o reclamante diz, ainda, já ter feito reclamações para a Enel – concessionária de energia elétrica – e para o Procon, órgão de defesa do consumidor, mas não teve sucesso. “Acionei o Procon, mesmo com todas as provas da cobrança abusiva e, a resposta da Enel para o Procon foi a recusa da minha solicitação”, relata.
Em resposta, o Procon de São Caetano afirma que abre as reclamações contra a Enel, relatando o descontentamento dos consumidores sobre valores abusivos cobrados, sendo que, a Enel em praticamente todas as respostas, alega sempre que “não há nenhum equívoco nas reclamações apresentadas pelos munícipes”.
Em nota, o órgão diz que: “A Fundação Procon já multou a reclamada mais de R$ 10.000,00 milhões, mas pelo visto não foi suficiente, já que cada dia aumentam as reclamações da referida empresa. Houve um aumento de 30% das reclamações contra Enel, em relação ao ano passado. Após as respostas da Enel diante das reclamações apresentadas e não resolvidas, orientamos ao consumidor a buscar a justiça”, afirma.
O Procon Consórcio ABC verificou também problemas comuns nas sete cidades, tais como cobranças muito acima das usuais, imposição de parcelamento, cortes e negativações com protesto de valores reclamados em cartório, entre outros. “Desde 2019 até junho deste ano, os consumidores do ABC já realizaram mais de 6 mil reclamações contra a Enel. Considerando o acumulado de 2020 e os seis primeiros meses de 2021, período em que o país enfrenta a pandemia, o número de queixas é de 4.112, mais do que o dobro em relação às 1.904 registradas em 2019”, expõe.
Questionada, a Enel não se manifestou até o fechamento desta reportagem.