A partir da próxima segunda-feira (6/9) o Estado de São Paulo inicia a aplicação da dose suplementar para pessoas de 60 anos ou mais que tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 a pelo menos seis meses. A princípio só serão utilizados os imunizantes da Astrazenca/Oxford e Pfizer, mas o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho, acredita que a Coronavac entrará na lista. Ao RDtv nesta segunda-feira (30/8) o médico tirou dúvidas sobre o assunto.
A princípio o Ministério da Saúde retirou a vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, algo que desagradou a instituição que refez o seu calendário de entregas e só concluirá as 100 milhões de doses do contrato em setembro, algo que seria feito até está terça-feira (31/8), após promessa do governador João Doria.
Reple considera muito difícil que o imunizante fique de fora, principalmente levando em conta outras situações que referentes a imunização dos adolescentes com 12 anos ou mais com a Pfizer e a necessidade de completar o mais rápido possível a segunda dose. Aliás, o secretário afirmou que o Estado de São Paulo está próximo de anunciar a antecipação da segunda dose da Astrazeneca e da Pfizer para oito semanas ao invés das atuais doze semanas estipuladas pelo Ministério da Saúde.
A imunização com a dose suplementar para idosos com 60 anos ou mais foi definido após estudos apontarem uma queda no número de anticorpos deste grupo, algo natural devido à idade. “Mesmo no início as pessoas idosas têm uma resposta imune as vacinas um pouco mais lenta e menos efetiva, e é por isso que está se optando por uma dose suplementar em pessoas a partir de uma determinada idade”, explicou.
Mas a preocupação segue em garantir a segunda dose para todas as pessoas aptas, pois com o avanço da variante Delta em alguns locais como na cidade do Rio de Janeiro, a preocupação com uma terceira onda é grande. Levando em conta tal situação, seis das sete cidades da região mantiveram a decisão de não flexibilizar 100% a entrada nos mais diversos comércios, com a intenção de manter o distanciamento social. Outro ponto é a sequência do uso da máscara.
“Isso vai ficar de legado. Tivemos uma queda muito grande nos casos de Sarampo e de Gripe, e outras doenças por causa da máscara. Espero que isso fique, espero que quando uma pessoa estiver gripada, por exemplo, use máscara e isso vai ajudar a não contaminar outras pessoas. Espero que as pessoas não se esqueçam disso”, concluiu o secretário.