O prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. (PT), e o secretário municipal de Mobilidade e Transporte, José Evaldo Gonçalo, entregaram nesta terça-feira (5/10) o Plano Municipal de Mobilidade para a Câmara. O evento na sede do Legislativo contou com diversas críticas a gestão anterior de Lauro Michels (PV), principalmente ao ex-secretário da área, José Carlos Gonçalves (Cidadania), pela demora na entrega da propositura.
As críticas foram feitas por Gonçalo durante seu discurso. “Eu gostaria de fazer elogios ao ex-secretário de Transportes, pois não vejo problema algum em fazer isso, mas eu tenho que fazer críticas. A Secretaria de Transportes até então, hoje Secretaria de Mobilidade e Transportes, não tinha instrumentos de planejamento. Quando chegamos nós não sabíamos qual era a condução, eu não recebi uma folha dizendo sobre as diretrizes. Se amanhã eu sari daqui qualquer outro secretário, qualquer outra pessoa dessa cidade terá um plano para o desenvolvimento, para o encaminhamento da cidade na área de Mobilidade Urbana”.
A propositura entregue ao Legislativo busca adequar o município à lei federal que pede a entrega dos planos municipais para cidades com mais de 250 mil habitantes (Diadema tem cerca de 430 mil habitantes) até 12 de abril de 2022 (prazo aprovado no ano passado). Sem o plano, a cidade não conseguiria destravar propostas junto ao Governo Federal.
“Eu tive recentemente uma reunião com o secretário nacional de mobilidade, ele estava acompanhado de quatro ou cinco técnicos. Eu comecei a falar que tinha um projeto de ligação da (avenida) Fundibem com São Bernardo, lá no (bairro) Casa Grande. Um dos técnicos me interrompeu dizendo que nos documentos que eles tinham não contava o Plano de Mobilidade e se não tivesse sendo feito a conversa não poderia prosseguir. Esse é um exemplo do que ocorreu”, explicou Filippi que chegou a citar um valor de R$ 15 milhões para intervenções na avenida Casa Grande e que não foram feitos por falta de projeto.
Segundo os representantes do Executivo a ideia é dar prioridade para os pedestres, inclusive com planos de evitar a presença de veículos em trechos em frente de equipamentos da Educação e Saúde para dar maior segurança para as pessoas. Filippi chegou a falar em “acabar com a bagunça” em relação ao convívio entre as linhas municipais e intermunicipais. E rapidamente relatou que ainda busca tratativas para a retirada das catracas nos terminais Diadema e Piraporinha, usadas para a cobrança da baldeação dos usuários das linhas municipais para o trólebus.
O Plano Municipal de Mobilidade será lido oficialmente na sessão da próxima quinta-feira (7/10) e a expectativa que seja votado ainda neste mês para que na sequência seja levado ao Governo Federal na busca dos primeiros financiamentos para obras na cidade.