Dia das Crianças vai movimentar R$ 78 milhões no comércio do ABC

O comércio de rua no ABC deve apresentar queda nas vendas neste Dia das Crianças (12 de outubro) enquanto os shoppings podem ter aumento de 12% na comparação ao ano passado, segundo Pesquisa de Intenção de Compras (PIC), do Observatório Econômico da Universidade Metodista. Segundo o estudo, a data aponta movimentação de R$ 78 milhões na região, e revela a necessidade de novas medidas para lojistas de bairro alavancarem as vendas. O montante é indica  aumento nominal de 7,7% em relação a 2020, mas retração real de 1,7% quando descontada a inflação acumulada até agosto.

Em entrevista ao RDtv, o economista, professor e coordenador do Observatório, Sandro Maskio, explica que a maior preferência dos consumidores por shopping é reflexo da pandemia, que neste momento traz maior flexibilidade de horários, conforto e estrutura. “O comércio de bairro perdeu pouco comparado ao ano passado, mas perdeu principalmente pela expansão do shopping, estava em torno de 9% e agora 7,3%”, diz. “Tivemos restrição muito forte, então a opção era o centro e bairro, que tinham suas restrições mas não estavam fechados”, comenta.

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Reaquecer a economia dos comércios de bairro é um desafio, por isso Maskio orienta que empresários estejam invistam na divulgação dos produtos em redes sociais, inclusive vendas online, e que ofertem atendimento diferencial e personalizado para os consumidores. “Dependendo do tipo de produto, existe a possibilidade de apresentar outros serviços que acolham e atraiam o consumidor, como o tradicional cafezinho ou espaço para se acomodar. São pequenos atrativos que ajudam a criar um ambiente prazeroso para o consumidor e faz com que ele fique mais tempo na loja”, sugere.

A inflação também tem influenciado a decisão de consumidores na hora de gastar, isso porque o tíquete médio de gasto é de 8,8% menor neste ano, e com queda real de 16,8%, considerando valor da inflação de outubro de 2020 para outubro de 2021 de mais 9,6%. Apesar disso, a intenção de compra é maior e para mais crianças, sendo que os sobrinhos saem na frente com 28%, e os filhos com queda significativa em relação ao ano passado, que era na média de 23%, e caiu para 17,4%.

Maskio explica que o aumento da intenção de compra tem reflexo da queda na taxa de natalidade no País, aumento da inflação e mercado de trabalho com recuperação lenta. Mas o aumento da movimentação econômica tem aumento nominal de 7,7% em relação a 2020, com retração real de 1,7% quando descontada a inflação acumulada até agosto. “Temos um consumidor com renda disponível menor e massa de renda circulante menor em função do desemprego combinado com ascensão. Famílias de classe média/alta também passam a sofrer com o aumento da inflação”, analisa.

Presentes

Este ano, eletrônicos e produtos voltados a telecomunicações, como smartphones e tablets, apresentaram queda na intenção de compra para os pequenos. Os meninos seguem com preferências para jogos educativos, carros, vestuários, bolas e livros. Já as meninas têm como preferência bonecas, itens de vestuários, livros, maquiagem e ursos de pelúcia ou bonecos.

Confira a pesquisa completa:

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