Os avanços da medicina têm sido cada dia mais notáveis, como permitido que os portadores do vírus do HIV tenham uma vida completamente saudável. No entanto, para essa condição é importante que os testes sejam realizados para que o vírus seja detectado e o tratamento tenha início o mais cedo possível. O comentário é da médica Elaine Matsuda, infectologista do Centro Médico de Especialidades de Santo André e coordenadora científica da Jornada de Atualização em HIV (Human Immunodeficiency Virus) do ABCDMR/SP, reforça a importância de se fazer o teste.
Elaine está à frente da segunda edição da Jornada, que acontece neste sábado (23/10) e vai abordar os tipos de cargas virais no organismo humano. O objetivo é sensibilizar e conscientizar o público, em especial, sobre a infecção pelo HIV, que, nos dias de hoje, é totalmente controlável. “Com um ou dois comprimidos por dia, você consegue uma carga viral indetectável e, quem está indetectável, não transmite”, afirma a médica durante entrevista ao RDtv.
Para que a vida do paciente com HIV possa seguir de forma saudável, diz, é importante que o tratamento tenha início o quanto antes para o controle da infecção. Com o diagnóstico precoce, há a possibilidade do infectado não desenvolver a AIDS (Acquired Immunodeficiency Syndrome). “Além da gente tratar a pessoa, quebramos a cadeia de transmissão”, explica.
A infectologista diz que o teste deve ser realizado como qualquer outro. “Se não fosse a discriminação, eu diria que é mais fácil tratar do HIV do que uma pressão alta ou diabetes”, afirma. Elaine reforça que o tratamento é mais “tranquilo” que os demais.
O teste pode ser realizado em qualquer UBS (Unidade Básica de Saúde), sem pedido médico. Há ainda a alternativa do autoteste, vendido em farmácias ou distribuídos pela rede para que sejam feitos em casa. “Mas o ideal é que seja feito com o acolhimento e supervisão da equipe de saúde da unidade que você esteja”, salienta. Sobre a frequência que os testes devem ser realizados, Matsuda explica que depende da exposição de cada indivíduo, de acordo com sua atividade sexual. “Não existe mais grupo de risco”, enfatiza.
Além dos testes, o SUS (Sistema Único de Saúde) também oferece tratamento, exames e atendimento médico gratuito à população. Assista a entrevista !