Após reunião entre o secretário de Saúde de Santo André, Márcio Chaves, e o Conselho Curador da Fundação do ABC (FUABC), nesta quinta-feira (21/10), foi iniciada uma negociação para tentar terminar com os problemas de repasses que causaram uma ameaça de paralisação por parte do Corpo Clínico Médico da empresa E.M.S, que presta serviços em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e no CHM (Centro Hospitalar Municipal).
No encontro presencial, Chaves ressaltou que a cidade quer cumprir com todas as suas pendências financeiras, mas ressaltou a necessidade de “boa vontade na mesa de negociação”. A Organização Social de Saúde (OSS) cobra cerca de R$ 4,1 milhões em repasses não realizados pela Prefeitura andreense para empresas que prestam serviços de Saúde no município.
Em Boletim de Ocorrência feito no último dia 8 de outubro, o secretário ressaltou que repassou R$ 4 milhões para a FUABC com o objetivo de pagar esses funcionários, o que causou estranhamento do chefe da pasta ao saber das reclamações sobre a não chegada dos valores.
Na próxima segunda-feira (25/10) haverá uma reunião que também envolverá o prefeito Paulo Serra (PSDB) com o objetivo de discutir um termo aditivo ao atual contrato do Município com a Fundação do ABC e o pagamento de repasses pendentes para pagamento de fornecedores e rescisões trabalhistas.
Lembrando que foi aprovado pelo Legislativo andreense um projeto de lei que cria uma nova Faisa, levando a entidade a ser uma OSS que vai gerenciar 80% dos serviços de Saúde prestados na cidade a partir de 2022, sendo que os outros 20% (todos com ligação com o Governo do Estado) seguiriam com a Fundação do ABC. Tal fato vai ser levado em conta na decisão de um termo aditivo.
No caso dos repasses que ainda não foram feitos, o ponto será se uma resolução evitará que a Prefeitura de Santo André seja barrada na escolha do novo (ou nova líder) da Fundação do ABC para o biênio 2022/2023, algo que pode acontecer caso o Conselho Curador aprove a proposta que já passou pelos Legislativos de Santo André, São Bernardo e São Caetano para que o município que deve algo para a entidade não indique um novo nome para a presidência.