Há 30 dias do primeiro turno das prévias do PSDB para definir seu candidato à presidente apoiadores do governador gaúcho, Eduardo Leite, reclamaram sobre uma filiação de prefeitos e vice-prefeitos fora do prazo regimental para ter direito a voto, o que beneficiaria o governador paulista, João Doria. Ao RDtv nesta quinta-feira (21/10) o presidente estadual do partido, Marco Vinholi, rechaçou as dúvidas e considera que tal ação é “um factoide”.
“A manifestação colocada hoje por aliados (de Eduardo Leite) é meio que um modelo Aécio, um modelo querendo colocar algum tipo de cerceamento aos filiados do PSDB de São Paulo para virem votar, mas que não condiz com a realidade dos fatos. É um factoide, é uma tentativa de criar um factoide e que dentro da legislação do partido, dentro da legislação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem qualquer tipo de eco. Então, nós temos 30 dias para seguir, seguindo dentro das regras, pedindo o voto dos nossos filiados e com certeza buscando ali na frente essa unidade partidária, pois é assim que entendemos que deve ser um processo de prévias dentro de um partido como o PSDB”, afirmou Vinholi.
Nos últimos meses o tucanato paulista promoveu uma série de filiações de prefeitos e vice-prefeitos pelo Estado, entre eles, o chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira, que deixou o Podemos. Tal fato foi entendido como irregular por apoiadores de Eduardo, pois no formato de votação das prévias do partido, aqueles que contam com mandato eletivo tem peso dobrado no seu voto, o que poderia ser uma vantagem para Doria.
A troca de farpas entre Eduardo Leite e João Doria tomou conta do noticiário do partido nos últimos dias, principalmente devido a tentativa do gaúcho em conseguir o apoio de tucanos em áreas já dominadas pelo paulista, entre elas, Santo André, local em que Eduardo conta com o apoio do prefeito Paulo Serra.
No ABC, Doria conta com o apoio dos diretórios de São Bernardo, São Caetano, Mauá e Rio Grande da Serra. Ribeirão Pires liberou seus filiados e Diadema ainda não confirmou o seu destino, apesar da tendência em acompanhar a tentativa do chefe do Palácio dos Bandeirantes.
Apesar da guerra de narrativas dos últimos dias, Vinholi acredita que tal situação será contornada com a escolha final e o presidenciável terá o apoio total da legenda para sua futura campanha em 2022.