Tite não se vê como candidato consolidado em caso de nova eleição

Falta menos de uma semana para o julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a definição do destino político de São Caetano. O clima de expectativa segue, inclusive para não antecipar conversas sobre cenários ainda não consolidados. Neste sábado (23/10) o prefeito interino, Tite Campanella (Cidadania), em entrevista exclusiva ao RD, deixou claro mais uma vez que ainda não se vê como um candidato claro em caso de uma eleição suplementar e considera que tal fato passará por todo o grupo ligado ao ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

Tite ressaltou que conseguiu pacificar a gestão mesmo durante o turbilhão político e a pandemia (Foto: Reprodução)

“Não sou um líder político único nesse processo, nós temos o Auricchio, temos o (presidente em exercício da Câmara) Pio (Mielo, PSDB), temos o (líder de governo) Gilberto Costa (Avante), temos o Beto Vidoski (PSDB), temos o (Cícero Alves Moreira) Cicinho (PL), tem uma série de pessoas que tem que dar palpite. A sociedade civil organizada tem que dar palpite. Nessa eventual possibilidade (de nova eleição) o grupo tem que sentar, discutir o processo e avançar. O (ex-vereador, Dr.) Seraphim (PL) é uma pessoa muito importante dentro desse processo, conversamos muito. Temos inúmeras pessoas para discutir esse processo, esse processo não depende de mim e não pertence a mim, pertence a toda essa classe política que vem em um processo de vitória há muitos anos”, explicou.

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Apesar de relatar sua visão em caso de um novo pleito, Tite segue confiante que Auricchio conseguirá reverter sua situação e assim tomar posse para seu quarto mandato no mês de novembro. Inclusive, o prefeito interino não gostou da mudança para início da data do julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que começaria nesta sexta-feira (22/10) e iniciará apenas no dia 28.

Relembrando

O julgamento do caso Auricchio vai analisar duas ações. A primeira é um recurso do ex-prefeito que tenta validar sua candidatura. A segunda é do ex-prefeiturável Fabio Palacio (PSD) que busca emplacar a tese que no caso da impugnação do primeiro colocado, o segundo deve assumir sem a necessidade de uma nova eleição, o que beneficiaria o ex-vereador.

A análise dos dois pontos desse processo ocorrerá pelo sistema eletrônico da Justiça Eleitoral e o resultado só será conhecido oficialmente na próxima sexta-feira (22/10) e ainda será repassado ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) que encaminhará a definição.

São três cenários possíveis nesse momento: caso Auricchio vença, toma posse imediatamente; caso Auricchio perca e Palacio vença, Fabio tomará posse imediatamente; e em caso de manutenção dos resultados de primeira e segunda instância, uma nova eleição será convocada em até 90 dias, sendo que expectativa é que ocorra apenas no ano que vem levando em conta que não há mais tempo para ocorrer no primeiro domingo de novembro e de dezembro, e o recesso do Judiciário, o que pode levar uma nova votação para o primeiro trimestre de 2022.

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