Prefeito Claudinho desiste de usar prédio da Câmara para Centro Educacional

Admir Ferro e Claudinho da Geladeira em entrevista nesta terça-feira na prefeitura. (Foto: Reprodução)

O prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB), anunciou nesta terça-feira (26/10) que não vai mais pedir o prédio onde hoje funciona a Câmara para abrigar o Centro de Referência Educacional. Segundo o prefeito, a decisão foi política e econômica, já que assim apazigua a situação com os vereadores e ao mesmo tempo economiza, pois seria necessário reformar novamente o imóvel para readequar o equipamento. A Prefeitura vai construir o centro de formação dos professores na avenida José Antônio Silveira, onde já há uma escola.

O prefeito explica que resolveu acabar com o impasse com a devolução do espaço para a Câmara, pois fica mais prático construir um novo centro, mais amplo e com estacionamento. “Temos um espaço na avenida José Maria Figueiredo, onde tem uma escola. Esse espaço ficava muito mais caro a gente reformar do que a gente construir um novo prédio. Então vamos construir um Centro de Referência de Formação para os nossos educadores que terão o maior investimento da educação, além de um espaço grande, com estacionamento e na avenida”, disse.

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Claudinho disse que quer falar para os vereadores que ali o espaço é deles, através de um comodato de 10 anos. “Eu autorizei os secretários de que ali vai ser a Câmara, queremos trabalhar junto com os vereadores, mas também pensando na economia na administração da cidade”, continuou Claudinho ao dizer que após a decisão já há um clima melhor entre Executivo e Legislativo. “Deu uma melhorada, tanto que os nossos projetos têm sido aprovados, isso é muito importante para o progresso da cidade”, completou.

Apesar de mencionar o ganho político, o tucano disse que a decisão foi mais econômica do que política. “Avaliando economicamente a gente ia gastar muito mais, porque o prédio já foi adaptado para a Câmara e nós temos uma área onde pode construir um centro educacional muito maior, com muito mais espaço”, calcula.

Investimento

Durante a coletiva, o secretário de Governo, Admir Ferro, disse que não há valor definido ainda para gastar na construção do centro educacional e não descartou parcerias com o Estado ou a União para a construção, e não conseguiu evitar comparação com São Bernardo, cidade que construiu o Cenforpe (Centro de Formação dos Professores) quando foi secretário. “Na verdade, isso (estimativa) nós não temos. Nós vínhamos conversando a respeito disso. Nós temos urgência em ter um espaço desse tipo. Nós vamos ter que fazer uma reforma geral naquela escola, nem sei se a reforma daria, mas não pode deixar um prédio daquele abandonado. Vai ter que gastar na reforma, isso é fato, vai gastar na reforma da Câmara e perder o dinheiro que já gastou, que é o pior, porque é dinheiro público. Com essa proposta um dos assuntos já resolveu, a Câmara está bem instalada, bonita, confortável e tira da cabeça do vereador a instabilidade, a Câmara não pode estar hoje num lugar e depois em outro”, disse Ferro.

O secretário afirmou que dinheiro a cidade tem. O prefeito já determinou o projeto. Lembra que o Cenforpe de São Bernardo não foi feito em apenas um ano, mas em sete. “Aqui tem uma vantagem, o de lá o terreno não era nosso, tivemos que desapropriar, lá nós começamos do zero. Aqui parte do complexo tá pronto, tem um auditório pronto, está no mesmo terreno, é só juntar. Aqui pode ser um prédio mais simples (que o do Cenforpe), mas que tenha o mesmo conteúdo que tem lá, isso é o que funciona. Vai ter uma escola referência, com auditório, salas de laboratório e um prédio com salas de aula para professores. Lá vai ser um modelo dos laboratórios que se pretende implantar em cada escola”, explicou o secretário.

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